segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

GRANDE HERESIA

UM ABISMO CHAMA OUTRO ABISMO, E UM PEQUENO DESVIO DOUTRINÁRIO GERA UMA GRANDE HERESIA



Em cálculos de engenharia, a precisão é imprescindível, pois se abrirmos um desvio de 1 mm no início, chegará a um buraco do tamanho do Universo no infinito! Certamente em nossas próprias casas, em pequenas reformas e "puxadinhos", já erguemos paredes sem grande precisão de esquadro, e vimos o quanto estão fora de alinhamento quando assentamos as pedras de cerâmica.

Agora imaginem, por exemplo, uma estrada de ferro em construção, cujos engenheiros cometem um minúsculo erro de cálculo, fazendo com que a cada metro ocorra um afastamento para fora de 1 mm entre os trilhos, perdendo a exatidão da bitola. A cada 100 km de estrada, os trilhos se afastam 100 metros um do outro! Dependendo do tamanho final da obra, é só fazer um cálculo simples para se chegar ao tamanho final do "aleijão".

Em estradas de ferro diicilmente ocorrem tais erros, pois a BITOLA é constantemente usada e verificada a distância entre os trilhos, sem falar que a olho nu o desvio seria facilmente observado e rapidamente corrigido. Mas não podemos afirmar o mesmo em relação a estradas, avenidas e ruas.

Na cidade aonde eu moro, João Pessoa, sua principal artéria, a av. Epitácio Pessoa, que vai do litoral ao centro da cidade, foi vítima de um erro destes. De acordo com o historiador Arion Farias, o plano do então presidente (Governador) João Pessoa era construir a Avenida Epitácio Pessoa, começando pelo então inexistente Busto de Tamandaré (hoje situado na orla da Praia de Tambaú, ponto de referência e de encontro: "a gente se encontra no Busto de Tamandaré", dizem alguns) e acabando no Centro, onde começa a atual Avenida Dom Pedro II, na Praça João Pessoa (que, na época, era chamada de Praça Comendador Felizardo), a chamada "Praça dos Três Poderes", aonde ficam as três sedes estaduais dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. Segundo o historiador, “A estrada começou da praia para o Centro, mas um erro do topógrafo em DOIS GRAUS acabou desviando (o trajeto). Em vez de andar para a esquerda, andou para a direita, e fez com que a Epitácio Pessoa viesse a morrer na Praça da Independência. Isso está no relatório de Ítalo Jofre (então secretário municipal da pasta relativa a obras), na página 17, na linha 6, documento que hoje está no Espaço Cultural”, observou o historiador Arion Farias. Depois disso, o governador José Américo calçou a via e seu sucessor, Flávio Ribeiro Coutinho – parente de Renato Ribeiro Coutinho –, asfaltou” - Fonte: http://migre.me/n9VZC

Vocês já tiveram nas mãos um transferidor, a régua em forma de semilua que mede os graus dos ângulos? Certamente o usaram nas aulas de cálculo e trigonometria. Dois graus são uma medida mínima! Mas para quem conhece a cidade de João Pessoa e o tamanho da av. Epitácio Pessoa, sabe a diferença entre terminar na Praça da Independência e na Praça João Pessoa! E tudo começou com ínfimos dois graus de desvio!

As Escrituras são nossa bitola pessoal, e coletiva para a Igreja! São elas que evitam que nos afastemos para a direita ou para a esquerda (Js 1:7), obedecendo a advertência divina. Dois graus de afastamento pode fazer com que, ao chegarmos ao fim da estrada, percebamos quão longe estamos da porta do céu!!

O relativismo é o erro do topógrafo! Erro bastante comum, e muitas vezes proposital, de pastores, líderes e pregadores, que em nome do pragmatismo e dos resultados abrem mão da ortodoxia doutrinária. Tudo vale desde que os resultados jutifiquem! Um exemplo disso é o relativismo em relação à ordenação presbitero-pastoral. O abandono da observância aos requisitos mínimos claramente dispostos na Escritura (1 Tm 3 e Tt 1) gerou uma geração de pastores desqualificados, tudo em nome da "pregação do Evangelho" e do "ganhar almas". Não importava se o candidato não satisfazia às exigências mínimas da Escritura; o importante é que ganha almas, é carismático, toca, canta e prega, e a Igreja está precisando de um pastor ordenado (ungido) à sua frente, para conduzi-la!

Como um abismo chama outro abismo (Sl 42:7), o passo seguinte foi a ordenação feminina, praticada com aparência de piedade, mas uma franca desobediência às Escrituras. Já que os homens não se disponibilizam ao Ministério, vamos abrir para as mulheres! Seria o equivalente a, já que Samuel não vem, que Saul conduza o sacrifício (1 Sm 13:8-14)!

Hoje, já vemos a ordenação de homossexuais. E o importante, dizem eles, é que almas estão sendo ganhas, milagres estão sendo feitos, pelas mãos destes(as) pastores(as) homossexuais... E não sabemos aonde vai parar. Mas tudo começa com um desvio mínimo e imperceptível de 1 mm!!

Somos chamados à OBEDIÊNCIA, custe o que custar!! Não vivemos o "vale tudo" em nome de almas. Se o objetivo de Cristo fosse simplesmente ganhar almas, Ele teria descido da cruz e convertido todos os judeus de sua época, já que foi desafiado a isso: “desça da cruz, e creremos!” (Mt 27:42), mas Seu objetivo era obedecer aos planos do Pai e conduzir Sua Igreja a obediência similar! Saul não estava autorizado ou habilitado a oferecer sacrifícios, mesmo diante da demora ou ausência absoluta de Samuel , e o mesmo se aplica à nossa geração desobediente. Não importa os argumentos usados, por mais aparência de piedade que tenham! Nenhuma alma ganha, nem milhares delas, justificam a desobediência.

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

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