quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Queria ser só pastor... - Paulo Cilas

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Sim,queria ser só pastor. Sendo só pastor teria, e tenho, a consciência do zelo pela sã doutrina. Que pregar o evangelho não é um projeto pessoal mas uma missão maravilhosa de resgate de vidas para a eternidade. É caminhar junto aos demais nas sendas  amargas, duras e tristonhas da vida. Mas também nos alegrar em caminhar na presença do Criador desfrutando de Sua criação.
Como pastor tenho perfeitamente claro que honra não se exige. Se dá e se recebe. Tudo em amabilidade humilde.
Como pastor sei que não agradarei sempre a todos, pelo contrário, desagradarei até quando falar verdades inequívocas. Alguns se afastaram, se afastam e se afastarão...
Como pastor sei que não devo arregimentar "multidão com promessas ditas espirituais". Mas devo tentar sempre alcançar o maior número possível de gente com 'O Verbo Vivo", que concentra em Si mesmo todas "as verdades",  e que liberta  verdadeiramente essa gente.
Como pastor sei que devo confiar que O Senhor me sustentará, e não ficar pensando muito que meu sustento vem da fé dos outros, afim de não ter de "fazer de tudo" para que membros não saiam e que outros tantos entrem. Sei que não devo fazer comércio das pessoas 2 Pedro 2: 1-3 
Como pastor sei que não sou o detentor de toda inteligência, sabedoria e santidade. Sei que não sou superior a ninguém e nem melhor.
Mas... eu não sou só pastor. Antes, sou gente! Ora fraco, ora forte. Ora confiante, ora temeroso. Sabendo a verdade, e mesmo que sem negá-la, ser receioso.
Sou gente! Por isso firo e sou ferido. Por isso amo e tenho raiva. Sou forte e , logo adiante, fraco.
Consigo ser extraordinário e ordinário quase que no mesmo momento.
Ora brado nos montes, ora me enfurno nas cavernas.
"Sei que em mim, isto é, na minha carne, não reside bem algum... Mas dou graças a Deus por Jesus Cristo". Rm. 7:18, 25
Sou um  pastor desnecessário ( alusão ao livro de Eugene Peterson) para os dias de hoje. Não faço marketing pessoal nem da igreja. Não tento suprir o "mercado religioso" com garantias de vidas perfeitas.  Mas como sou gente, às vezes sinto uma "invejinha" dos pastores bem sucedidos e famosos.
Tenho deficiências até demais para um pastor. Mas, de alguma maneira, O Autor da Vida, O Eterno viu uma flor a brotar do galho seco. De vez em quando desconfio, ainda que com temor preventivo rsrs, da visão Dele.
Sou pastor há um pouco mais de 33 anos. Numa mesma igreja, 30 anos. Ainda tenho dúvidas, fraquezas, incapacidades e medos.
Mas tenho certeza de duas coisas: Primeira, do amor de Deus em Cristo Jesus!
                                                       Segunda, sou gente!
  

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Minha Noite Escura da Alma - Charles Colson com Anne Morse



A Igreja Não Me Preparou Para Essa Batalha.
Sou produto do melhor do movimento evangélico: Convertido 32 anos atrás em meio a uma torrente de lágrimas após ouvir o evangelho, discipulado por um grupo de oração forte e ensinado por grandes teólogos. Conheço o poder do movimento evangélico em levar pessoas a ter um relacionamento íntimo com Deus. Que acontece, porém, quando você, que sempre confiou nesse relacionamento íntimo, começa viver dias em que Deus parece distante? Que acontece naquela noite sombria de nossa alma?
 
Descobri no ano passado, semanas após terminar meu livro The Good Life [Vida Boa], que havia sido diagnosticado um câncer ósseo em meu neto, Wendell. A cirurgia para retirar o tumor maligno levou 10 horas; o dia mais longo de minha vida. Wendell sobreviveu, mas continua em quimioterapia.
 
Mal havia conseguido recuperar o fôlego, quando foi diagnosticado melanoma em minha filha, Emily. De volta ao hospital, mais uma vez orei fervorosamente. Logo em seguida, minha esposa, Patty, submeteu-se a uma séria cirurgia no joelho. Onde estava minha “Vida Boa”?
 
Exausto de hospitais, dois anos depois de escrever The Good Life, enfrentei uma terrível situação com um ex-empregado desapontado. Encontrei-me lutando com o Príncipe das Trevas, que nos ataca quando estamos mais fracos. Então, caminhando certa noite, perguntei a Deus por que permitira tudo isso. Sozinho, abalado, atemorizado, tive saudades de minha proximidade com Deus, experimentada até mesmo nos dias mais difíceis em que estive preso.
 
A resposta chegou em setembro. De pé, sozinho, na varanda da casa de um amigo, apreciava as montanhas que despontavam da névoa. Era uma cena espetacular. A glória da criação de Deus me emocionou. É impossível ignorá-lo como o Criador. Percebi, então, que não há outra explicação racional para essa realidade: Deus não pode não ser.
 
Isso mexeu comigo de tal maneira que me levou a perceber que as agonias pelas quais passava não exigem uma resposta que faça sentido. Deus não é uma criação de minhas emoções ou sentidos. Deus é Deus, aquele que criou e tem a responsabilidade pelo destino de minhas crianças e pelo meu. Somente posso me apegar à certeza do que Ele é e afirmou.
 
Não estou certo sobre como o mundo evangélico contemporâneo nos prepara para lutas como essas, que, suspeito, muitos cristãos experimentam, mas temem admitir devido às expectativas que criamos. Nesse momento, podemos nos fortalecer com a tradição teológica mais antiga e mais rica, pouco familiar para muitos de nós. O ponto fundamental dessa antiga tradição é que a fé se torna mais forte quando estamos desconsolados e precisamos caminhar na escuridão em completo abandono. No século. XVI, Teresa de Ávila, que sofria de paralisia, e João da Cruz, perseguido e preso, que escreveu Noite Escura da Alma, são bons exemplos dessa tradição.
 
Evangélicos precisam confiar em mais do que músicas animadinhas, respostas banais e sorrisos felizes. Precisamos mergulhar nos tesouros da tradição cristã para aprender o que significa realmente adorar a Deus, não por causa das circunstâncias, mas apesar delas.
 
Os eventos de 2005 tornaram minha fé mais profunda. Inúmeras vezes, experimentei Deus e sua providência, mas também conheço a noite escura da alma. Percebi que Deus não é apenas o amigo que me dá a mão, mas também o grande, o majestoso Criador que reina para sempre.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Frases do genial G K CHESTERTON

"Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes".

"Louco não é o homem que perdeu a razão. Louco é o homem que perdeu tudo menos a razão".

"Uma das grandes desvantagens de termos pressa é o tempo que nos faz perder".

"Existe um caminho que vai dos olhos ao coração sem passar pelo intelecto".

"O amigo de um homem gosta dele, mas deixa-o ficar como ele é; a mulher de um homem ama-o, e está sempre a tentar transformá-lo noutro homem".

"Não foi o mundo que piorou, as coberturas jornalísticas é que melhoraram muito".

"A coragem significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer".

"Quem acende uma luz é o primeiro a se beneficiar da claridade".

"Não há assuntos pouco interessantes; apenas há pessoas pouco interessadas".

"Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos em asilos de 
loucos".

"Pobre daquele que está cansado de tudo, porque tudo e todos estão sempre certamente cansados dele".

"Um sujeito suficientemente esperto para ganhar muito dinheiro tem se ser suficientemente cretino para querer esse dinheiro".

"Cheguei à conclusão de que o otimista achava tudo bom menos o pessimista, e o pessimista achava tudo ruim, menos ele mesmo".

"Sou homem e, por conseguinte, trago todos os demônios no meu coração".

"A Bíblia nos ensina a amar o próximo e também a amar nossos inimigos provavelmente porque eles em geral são as mesmas pessoas".


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Estamos sendo formados e isto é bom, mas pode ser ruim - paulo Cilas

A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:
Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.
E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,
Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.
Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.

Jeremias 18:1-6

Nesse texto o Senhor está dizendo a Jeremias para observar o oleiro. Que o oleiro quando está dando forma ao barro, transformando-o em vaso, ao perceber que algo está errado automaticamente começa a reconstruí-lo.
Tive uma visão particular ou uma aplicação pessoal sobre esse texto que quero compartilhar com você. O oleiro só trabalha o barro-vaso enquanto esse estiver maleável. É impossível trabalhar o barro uma vez ele endurecido. Penso que ao ler que o vaso quebrou (Jr v.4), imaginamos imediatamente um vaso pronto sendo quebrado, entretanto não é essa a realidade encontrada aqui. O oleiro só recomeça como disse acima, enquanto em condição de modelação.
O que eu quero dizer com isso é que: ser um vaso em construção é estar maleável nas mãos de Deus. Esse texto é aplicado à nação de israel. O Senhor está dizendo que se o oleiro faz isso com o barro, Ele também fará isso com Israel. Ou seja, Israel ainda está e continua em formação porque resta algo a se cumprir com esse povo.
Igualmente podemos tomar esta palavra pra nós s, seja com a igreja ou com o indivíduo. Enquanto nos acharmos e tivermos consciência de que estamos em construção, o Senhor terá em suas mãos uma matéria prima para reconstruir, remodelar e aperfeiçoar quantas vezes forem necessárias. Contudo, se nos acharmos prontos, terminados e donos de nossa própria vida, havendo imperfeição assim ela permanecerá. Não será refeito.
Obs. Penso que é nesse sentido que Jesus disse: O médico vem somente para o doente...Mc.2:17
Esta é a diferença de uma vida que humildemente se vê incompleta, errática, imperfeita, mas que continua nas mãos do oleiro, para aperfeiçoamento, da vida que se acha pronta e endurecida, porém cheia de defeitos não mais “consertáveis”. Uma vez quebrada assim ficará.
Textualmente falando, o barro-vaso na mão do oleiro é mole e o oleiro pode fazê-lo, desmanchá-lo, refazê-lo várias vezes enquanto achar defeito.
O barro endurecido já não estará nas mãos do oleiro. Assim ele é e assim ficará. Mas para as mãos do oleiro não voltará mais!

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...