quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Senhor de tudo - Paulo Cilas (reedição)




 No livro " Acima de tudo" Brennan Manning narra as muitas vezes em que Jesus "foi reduzido" às necessidades, maldades, anseios e caprichos humanos. Assim, foram criados:
    - O Jesus César - É a igreja embevecida com o poder, que posa ao lado de autoridades e acha que assim há maior relevância. Se vê influente por transitar nos bastidores do poder.

     - O Jesus Thomás de Torquemada - Inquisidor que matou e perseguiu milhares em nome de uma disciplina cristã. Quantos há que que em nome da fé desprezam o dom do amor.

      - O Jesus hippie - Revolucionário e anárquico. Quantas baboseiras também hoje em nome de uma liberdade vazia de conteúdo.

      - O Jesus yuppie- O cristianismo  de grife como testemunho da prosperidade do céu. Bens materiais e liturgias bem ajustadas, ora frias, ora extravagantes, representando "a glória de Deus".

  Eu acrescento ainda "O Jesus Sílvio Santos". Ele pegunta quem quer dinheiro? Abre as portas da esperança e oferece o baú da felicidade, porque o baú Dá felicidade.

   E assim desavisadamente ou não, vamos constituindo e moldando um cristo casamenteiro ou que salva casamentos. Um super nanny que educa nossos  filhos enquanto somos relapsos.

   A igreja desse cristo é apenas um  lugar legal para a família  ignorando que no passado e no presente, e ao redor de todo o mundo, crentes são perseguidos e mortos por se reunirem em nome de Jesus. Então, muitos, se vivessem nessa realidade, deixariam de ser e de ir à "igreja" por ela não ser mais um lugar "legal e seguro".

  Há ainda aqueles que transformam Jesus no personal stylist. Ele determina  ou inspira até bota de couro de píton.

  Contudo, ainda que tentem artificialmente moldar Jesus às mesquinharias humanas Ele, O Senhor, está acima de tudo e de todos.

  
 "Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.

O qual, sendo o
 resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?

E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz:E todos os anjos de Deus o adorem.

E, quanto aos anjos, diz: Faz dos seus anjos espíritos, E de seus ministros labareda de fogo.

Mas do Filho diz: Ó Deus, 
o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino.

Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

E: Tu Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos.

Eles perecerão, mas tu permanecerás; E todos eles, como roupa, envelhecerão,
E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão.

E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?

Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?" 
Hebreus 1:1-14

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

COMPAIXÃO - Pb. Valdo Brito


Durante anos da minha vida (que não são poucos) tenho lido, relido, ouvido falar e pregar sobre o nascimento de Moises. No entanto na última semana de novembro chamou-me a atenção e parei para meditar numa única palavra que é Compaixão (Ex 2.5,6,20). Diz que a filha de Faraó ouvindo o choro de uma criança boiando numa cesta no Rio Nilo. A princesa viu tratar-se de uma criança e teve compaixão. Resgatou Moises e o adotou como filho.
Embora a compaixão seja uma palavra fora de moda ou até evitada, poucas coisas são mais belas que a compaixão que não significa apenas condoer-se, sentir ou lamentar a má sorte alheia. Tem o sentido de importar-se, associar-se à emoção, a emoção dos outros numa verdadeira empatia.
A compaixão nunca foi mercadoria abundante na prateleira das emoções. Em nossa época não se tem cultivado as sementes da compaixão. Os impulsos de bondade se assemelham a brotos mirrados que raramente frutificam em atos amorosos.
Jesus se comovia profundamente ao ver a necessidade humana. Os sinais de Cristo não faziam parte de uma campanha publicitária para torna-lo conhecido, eram o reflexo dos seus sentimentos e expressão viva da compaixão.
Eram suas atitudes mais do que suas palavras, que mostravam o quanto Ele se importava com as pessoas. Afinal, compadecer-se não é somente sentir algo, é fazer algo, de que forma pode alguém se intitular cristão sem que esteja disposto a reconhecer a realidade do próximo, envolver-se com ele, partilhar de suas dores e oferecer-lhe auxilio.
A princesa do Egito se deu conta de que tinha em mãos uma grande oportunidade que era a chance de fazer o bem, tendo compaixão de quem sofria e mesmo sem contar, naquela época, com o auxílio de Jesus ou com a doutrina cristã da caridade, colocou os recursos de que dispunha a serviço de uma coisa nobre.
Há muitos precisando de pão e um número infinitamente maior perto de você que precisa de um abraço, carinho e atenção.
Agora, é momento de chorarmos pelo abraço que não demos, pelos joelhos que não dobramos, pelo pouco que choramos, pela falta de compaixão! Teremos restaurada em nós a compaixão, mesmo por aqueles que rejeitaram o resgate, a ajuda.

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...