Com certeza você já teve o devaneio de ser podre de rico antes, certo? Talvez já ouviu falar sobre a mais recente tecnologia bilionária que transformou um app em ouro ao vendê-lo para o Facebook ou para o Google. Ou talvez de loterias com seus prêmios acumulados em centenas de milhões ou o cara que fez um pequeno investimento na companhia certa na hora certa. Você ouviu falar sobre quem-dera-se-eu-fosse-rico
isso e pensou: “Quem dera se eu fosse
rico. Eu sei o que faria com esse dinheiro”.
Se você teve esse devaneio, sem dúvidas
você ponderou o que um cristão generoso poderia fazer com centenas de milhões
de dólares. Pense nos empreendimentos que ele poderia apoiar, nas igrejas que
poderia construir, nos missionários que poderia sustentar. Dê asas à sua
imaginação por alguns minutos e você poderia elaborar um plano para gastar cada
dólar e cada centavo para o bem do Reino. E você o faria, certo?
Com toda probabilidade, você nunca será
rico. Nunca terá centenas de milhões de dólares para alocar em um ministério ou
outro. Nunca será alguém dividindo os seus bilhões antes de morrer. Mas
você não precisa de um milhão ou um bilhão para saber o que faria com
tanto dinheiro. Você pode simplesmente olhar para os seus atuais padrões e
projetos daqui. Se você não está sendo dispendiosamente generoso com o pouco
que tem agora, o que faz você pensar que ter mais faria toda a diferença assim,
de uma hora para outra? Generosidade não diz respeito a quanto você tem, mas o
que você faz com o pouco que tem. Não ao que você faria com mais, mas o que
você realmente faz com o que possui.
Como você está usando a riqueza que Deus
já lhe deu? Você é cuidadoso? Criativo? Generoso? Dá o suficiente para que faça
a diferença para você e sua família (a tal ponto que você tenha menos do que
teria de outra forma) e para as vidas ou ministérios de outros (a tal ponto que
tenham mais do que teriam de outra forma)? Se você não está sendo generoso hoje
com uma riqueza modesta, não há razão para pensar que seria generoso amanhã com
uma riqueza abundante.
Impressiona-me que na parábola de Jesus
dos talentos (Mateus 25) as questões e expectativas sejam as mesmas para todos os
três servos, quer lhes tenha sido dado cinco talentos ou um. A característica
da mordomia fiel era proporcional ao que lhes havia sido confiado por seu
senhor. O que havia recebido cinco devolveu dez, o que dois, quatro; não havia
nenhuma comparação ou competição entre eles, pois cada um havia sido igualmente
fiel com os seus diferentes dotes. É bem provável que Deus nunca chame você
para ser aquele servo dos cinco talentos, a quem havia sido dada riqueza
exorbitante. Mas se ele vos dá um ou dois, a expectativa é a mesma – que você o
administrará com alegria e generosidade para executar a obra de Deus na terra.
Você já tem dinheiro suficiente – o
bastante para fazer o que Deus quer que você faça, o bastante para provar a sua
lealdade a ele e sua deslealdade ao dinheiro. Você já tem o suficiente para
fazer a diferença em vidas e ministérios; para ser como o generoso ou como o
mesquinho que você seria com bilhões. Em vez de gastar seus dias sonhando com o
que seria se tivesse mais, gaste-os trabalhando duro para ganhar a vida e dar
com alegre generosidade (ver Ef 4.28; 1Ts 4.11). Quando chegar o dia em que
Deus pedir uma prestação de contas por tudo o que ele lhe confiou, suspeito que
você ficará contente por ele não ter lhe confiado ainda mais. Suspeito que
concordará com sua sabedoria em lhe dar apenas dois talentos ou um.