segunda-feira, 18 de abril de 2016

Quem dera se eu fosse rico - Tim Challies








Com certeza você já teve o devaneio de ser podre de rico antes, certo? Talvez já ouviu falar sobre a mais recente tecnologia bilionária que transformou um app em ouro ao vendê-lo para o Facebook ou para o Google. Ou talvez de loterias com seus prêmios acumulados em centenas de milhões ou o cara que fez um pequeno investimento na companhia certa na hora certa. Você ouviu falar sobre quem-dera-se-eu-fosse-rico
isso e pensou: “Quem dera se eu fosse rico. Eu sei o que faria com esse dinheiro”.
Se você teve esse devaneio, sem dúvidas você ponderou o que um cristão generoso poderia fazer com centenas de milhões de dólares. Pense nos empreendimentos que ele poderia apoiar, nas igrejas que poderia construir, nos missionários que poderia sustentar. Dê asas à sua imaginação por alguns minutos e você poderia elaborar um plano para gastar cada dólar e cada centavo para o bem do Reino. E você o faria, certo?
Com toda probabilidade, você nunca será rico. Nunca terá centenas de milhões de dólares para alocar em um ministério ou outro. Nunca será alguém dividindo os seus bilhões antes de morrer. Mas você não precisa de um milhão ou um bilhão para saber o que faria com tanto dinheiro. Você pode simplesmente olhar para os seus atuais padrões e projetos daqui. Se você não está sendo dispendiosamente generoso com o pouco que tem agora, o que faz você pensar que ter mais faria toda a diferença assim, de uma hora para outra? Generosidade não diz respeito a quanto você tem, mas o que você faz com o pouco que tem. Não ao que você faria com mais, mas o que você realmente faz com o que possui.
Como você está usando a riqueza que Deus já lhe deu? Você é cuidadoso? Criativo? Generoso? Dá o suficiente para que faça a diferença para você e sua família (a tal ponto que você tenha menos do que teria de outra forma) e para as vidas ou ministérios de outros (a tal ponto que tenham mais do que teriam de outra forma)? Se você não está sendo generoso hoje com uma riqueza modesta, não há razão para pensar que seria generoso amanhã com uma riqueza abundante.
Impressiona-me que na parábola de Jesus dos talentos (Mateus 25) as questões e expectativas sejam as mesmas para todos os três servos, quer lhes tenha sido dado cinco talentos ou um. A característica da mordomia fiel era proporcional ao que lhes havia sido confiado por seu senhor. O que havia recebido cinco devolveu dez, o que dois, quatro; não havia nenhuma comparação ou competição entre eles, pois cada um havia sido igualmente fiel com os seus diferentes dotes. É bem provável que Deus nunca chame você para ser aquele servo dos cinco talentos, a quem havia sido dada riqueza exorbitante. Mas se ele vos dá um ou dois, a expectativa é a mesma – que você o administrará com alegria e generosidade para executar a obra de Deus na terra.
Você já tem dinheiro suficiente – o bastante para fazer o que Deus quer que você faça, o bastante para provar a sua lealdade a ele e sua deslealdade ao dinheiro. Você já tem o suficiente para fazer a diferença em vidas e ministérios; para ser como o generoso ou como o mesquinho que você seria com bilhões. Em vez de gastar seus dias sonhando com o que seria se tivesse mais, gaste-os trabalhando duro para ganhar a vida e dar com alegre generosidade (ver Ef 4.28; 1Ts 4.11). Quando chegar o dia em que Deus pedir uma prestação de contas por tudo o que ele lhe confiou, suspeito que você ficará contente por ele não ter lhe confiado ainda mais. Suspeito que concordará com sua sabedoria em lhe dar apenas dois talentos ou um.



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