quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

HISTORINHAS


Certo pregador foi a uma vila interiorana onde há muito não se realizava um “culto” e passou o dia convidando toda a população local para uma reunião que prontamente dizia que estaria lá na hora e lugar combinados.
Mas, lá pela seis da tarde, caiu um pé d’água daqueles. E a chuvarada entrou pela noite.
Sete e meia, o pregador ressabiado olha e ver apenas um homem, bem estilo de trabalhador do campo, sentado no último banco do salão. Espera... Oito da noite e só aquele mesmo homem. Sentado e impassível.
Percebendo que ninguém mais viria o frustrado pregador se aproxima e diz:
"Bem, meu irmão! A chuva atrapalhou os outros. Eu vou fazer uma oração pelo senhor e marco outro dia para pregar. O que o irmão acha?" De maneira peculiar o único ouvinte respondeu:
“Óia, seu pregadô. Dessas coisa de falação eu não inteno nada não sinhô. Meu negócio é os animar. Lá, no meu pedacim de chão, quando da a hora de alimentar a criação eu vô pro cocho. Quando vem a bichada toda eu dô de comer a todos. Quando vem um só, ponho ração pra um só e ele fica todo feliz! Mas, desse troço de pregação, de falação eu não inteno nada não sinhô!”

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Outra vez, um famoso ator teatral foi visitar sua terra natal. Lugarejo simples que, como muitos, parece ter parado tempo. A gente simples do local logo se reuniu na praça da matriz para receber e ouvir, tomada de orgulho, o seu importante conterrâneo.
Palco armado, a ilustre visita põe-se a falar de sua trajetória intercalando com declamações de autores famosos que, obviamente, a maioria absoluta nunca ouviu falar.
Contudo, tomada pela arte e técnica do ator a multidão irrompia em aplausos que pareciam não ter fim. Ele, tomado por orgulho, mais e mais interpretava e mais e mais se exaltava ante a aclamação popular.
Não satisfeito com tudo que acontecia resolveu fazer um desafio:
“Eu vou declamar um salmo muito conhecido e, depois chamarei um de vocês para também declamar o mesmo salmo. E começou com impostação de voz impecável:
O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará... Ao fim, a platéia não se agüentava em si entre gritos e palmas. Ele, então, perguntou quem gostaria de recitar o mesmo salmo 23. Um senhor de meia idade se prontificou e com voz insegura, dadas as circunstâncias, conseguiu ir até o fim, até as últimas palavras: ... “E habitarei na casa do Senhor por longos dias!” Silêncio, choros sentidos e muitas, muitas cabeças baixas.
Acostumado aos grandes públicos e suas reações o ator pergunta ao homem o porquê daquela reação. Ouviu a seguinte resposta:
"Eles o aplaudiram porque o senhor é muito bom em sua arte e conhece bem o salmo do bom pastor. Já eu (pausa longa e reflexiva)... Eu não tenho o seu talento, mas, tenho conhecido O BOM PASTOR DO SALMO!"

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

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