segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

DE OCUPAÇÕES E PAGANISMOS - POR PAULO CILAS


Natal! Encenações teatrais nas igrejas - participei de muitas quando criança - e uma mensagem ficou gravada em mim e que somente mais tarde iria entendê-la de outra maneira. Antes de mencioná-la devo dizer que ainda não identifiquei a origem do engano. Se alguém pregou equivocado ou entendi tudo errado mesmo. Mas, fato é que para mim toda vez que era citada a peregrinação de José e Maria em Belém buscando um lugar aonde então Jesus nasceria os donos das hospedarias os rejeitavam. Eu até imaginava as caras fechadas e o ar de desprezo. Contudo, descobri que na verdade não houve rejeição alguma. O que houve mesmo foi a falta de lugar. Talvez, para você isso já seja por demais sabido, mas, para mim foi uma novidade esclarecedora e facilmente aplicável aos dias de hoje. Sim, com algumas exceções, a maioria não rejeita Jesus. A maioria está ocupada demais para dar lugar a ELE. Dizer que o "mundo" rejeita O Senhor é fácil para nós. Agora, afirmar que nós “crentes” não temos dado lugar a ELE é difícil. Há ocupações demais, há concorrência generalizada entre igrejas, há novos métodos que exigem muita didática para serem implementados. Enfim, nos ocupamos em fazer coisas “na obra” que deixamos os princípios simples de Jesus de lado. E isto é perfeitamente visto para os querem ver. É perfeitamente ouvido para os que querem ouvir. Os ocupados demais, seja no mundo secular ou na “igreja”, continuarão sem ter lugar para “O GRANDE REI NASCIDO TÃO POBREMENTE”.
Mas, o natal deixou de ser comemorado ou simplesmente lembrado em muitas igrejas. É que de um tempo para ca descobriu-se que a festa é “paganismo puro.” E no lugar de “paganismo” foram instituídas as festas ultrapassadas judaicas. Aquilo que na Bíblia é chamado de sombras voltou a ter luz própria. Ou melhor, luz não tão própria assim, pois, na verdade tudo começa quando alguém tem uma particular interpretação da Bíblia- coisa que a própria Bíblia desaconselha- e dirige os holofotes artificiais para a dita interpretação. Como muitos estão ocupados demais para lerem e examinarem as escrituras, como faziam os bereianos At. 17:11, facilmente aceitam as “coisas prontas” com status de revelação espiritual. Aliás, já temos de volta os “levitas” e os sacerdotes que, claro, não se intitulam assim mas, na prática se colocam entre povo e Deus dizendo que têm tudo que o povo precisa e, que, o que o povo precisa em primeiro lugar é obedecê-los.
Eis um fato que exemplifica bem o que acabo de dizer:
Um membro da igreja da qual faço parte conheceu um membro de uma igreja que abolira o natal. E tal membro passou a mostrar o texto Bíblico onde seu pastor embasou esse ensino. Era Is. 44:14-17. O diálogo que veio a seguir seria de rir se não fosse de chorar:
“Leia para mim o texto que seu pastor usou.” A outra pessoa, detonando a árvore de natal, passou a ler em voz alta: ... Tais árvores servem ao homem para queimar, com parte assa o pão e com parte faz um ídolo... Ela mesma interrompe a leitura e diz: “Aqui não está dizendo nada do que o pastor ensinou. É tudo diferente, mas, quando ele falou parecia ter sentido!”
É de chorar o quanto as pessoas se entregam a ensinos sem fundamento. Rearranjos de frases, palavras isoladas e sentenças veterotestamentárias ganhando lugar de destaque em detrimento do evangelho libertador de Cristo.
Não tenho dúvida nenhuma: Não chamo de impuro o que Senhor purificou: Se o dia de natal faz brotar afetos entranháveis, amém! Sei que Jesus não nasceu em 25/12, mas, tenho certeza que O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Amém!
Também tem o seguinte: Se formos levar tudo a “ferro e fogo”- como é a escolha de muitos que desprezam com suas crenças ultrapassadas judaizantes a Graça de Jesus- não teremos mais bolos de aniversário, velinhas assopradas e apetrechos diversos usados pelas noivas. “Tudo é paganismo”.
Prefiro ficar com o apóstolo Paulo quando fala em Atenas: "Então,Paulo, levantando-se no meio do areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque passando e vendo os objetos de vosso culto, encontrei um altar no qual está escrito: Ao deus desconhecido. Pois este que adorais sem conhecer é precisamente que eu vos anuncio." Veja que Paulo não se deteve aos outros altares e seus deuses. Ele aproveitou a oportunidade para falar do Senhor. Conheço gente que arrumaria um escarcéu repreendendo demônios de tudo quanto é cor e raça. Paulo só falou dO Deus criador de todas as coisas e de Jesus. Tudo está em Atos 17: 16-34.
E, se Paulo se revoltava interiormente com a idolatria, não fazia disso sua base de pregação, antes, até citava os poetas atenienses que faziam referências AO DEUS DESCONHECIDO.
Tenha um bom ano!

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