Toda definição de síndrome começa basicamente assim: "conjunto de sinais e sintomas..." e por ai vai. Pois bem, atentando para alguns "sinais e sintomas", mesmo com a minha precariedade de conhecimento, penso ter visto -e continuo vendo- algumas "síndromes" no meio, que prefiro dizer, eclesiástico. São elas:
Síndrome do cachorro atrás do carro - Realize a cena: Passa o carro e põe-se o cachorro ou a cachorrada em perseguição ao veículo alvo. Se o carro prossegue, não resta muito a fazer a não ser esperar o próximo. Entretanto, o mais curioso é quando o carro para. O esforço empreendido é resumido a... nada! Isso mesmo. Quando muito, sobra um xixizinho na roda que precede o abandono por completo do bem perseguido. Animal!!!
E não é que um tanto de gente faz "igual"! Conheço e já conheci pessoas que tinham um desassossego em suas vidas e viviam correndo atrás de uma benção - emprego, casa própria, CASAMENTO, fim de uma mesma luta que já dura uma vida , conversão de alguém ,etc - e quando enfim encontraram, simplesmente perderam o sentido do que buscavam. Parece que não sabem viver em sossego aproveitando "o carro que parou". Faltam paz e gratidão, satisfação e contentamento. Animal!!!
Síndrome do carro velho - Essa eu conheço bem, pois meu primeiro carro(?) foi um fusca 64. E é claro que o problema não era ele ser de 1964 e, sim, tê-lo adquirido vinte e tantos anos depois! E isso era uma verdade incoveniente porque estava na cara, isto é, na lata, nas rodas , em toda parte elétrica 6v. que eu passaria boa parte de nossa convivência fora dele, ou seja , empurrando-o. E eu tinha uma suspeita que tal acontecia mais nos dias de chuva, nos dias de bebê a bordo...
Pois bem, muitos sofrendo dessa síndrome não conseguem viver a vida cristã sem serem empurradas ou rebocadas. Dentre tais pessoas existem as "fraquinhas e pobrezinhas", que tal qual o aleijado perto do poço, lamenta porque ninguém o empurra para dentro do mesmo, vivem sempre se lamentando. E o interessante no episódio do homem à beira do poço é que se ele tivesse sido lançado não teria tido o encontro com Jesus.
Existe outro tipo de pessoas: As que carecem que alguém as reboquem para direcioná-las, nunca sabem que caminho seguir, e o curioso é que quase sempre o caminho por onde seguem não é o caminho por onde Jesus passa. São sempre conduzidas por ventos de doutrinas. Carros sempre velhos!
Já, já, mais síndromes!
Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime
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