quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O PASTOR DO CAMPO - George Herbert


                                     
Ó Todo-Poderoso e sempiterno Senhor Deus! Ó majestade, poder, esplendor e glória!
Como ousaremos comparecer perante tua face, nós que te contrariamos em tudo o que és? Pois somos fraqueza, imundície e vergonha. Miséria e pecado enchem nossos dias. No entanto, tu és nosso Criador, e nós, a tua obra. Tuas mãos nos criaram e também nos fizeram senhores de todas as tuas criaturas, dando-nos um mundo dentro de nós mesmos e outro para nos servir. Depois nos puseste no paraíso e ainda continuavas agraciando-nos com teus favores, até que contrariamos teus conselhos, baldamos teus propósitos e vendemos nosso Deus, nosso glorioso e bondoso Deus, por “um fruto proibido”. Sim, escreve aí! Grava isso na nossa testa para sempre: por um fruto proibido outrora perdemos nosso Deus e ainda o perdemos por nada mais que isso, por dinheiro, comida, pensões. Mas tu, Senhor, és a paciência e compaixão, doçura e amor. Por isso não somos destruídos. Tu elevaste tua misericórdia acima de todas as coisas e fizeste da nossa salvação, não da punição, a tua gloria. De modo que assim onde sobejou o pecado, não a morte, a graça foi ainda mais profusa. Da mesma forma, quando pecamos excedendo todas as medidas no céu e na terra, tu disseste: Eis-me aqui! Então o Senhor da vida, incapaz ele mesmo de morrer, concebeu um jeito de fazê-lo: encarnou-se, chorou, morreu. Morreu por seus inimigos, até pelos que zombaram e ainda zombam dele. Bendito Salvador! As muitas águas não poderiam apagar teu amor! Nenhum abismo poderá engolfá-lo. Mas embora os rios do teu sangue fluíssem pelas trevas, pelo sepulcro e pelo inferno, contudo, superando esses conflitos e aparentes riscos, tu ressuscitaste triunfante, e assim nos fizeste vitoriosos.

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