Através do espantoso mistério da
Encarnação, este mesmo Jesus está presente para aqueles que estão presos em
meio a uma crise, para os que sofrem de enfermidades ou vícios debilitantes,
para aqueles que vagueiam pelas florestas escuras da depressão do desespero e
do medo aterrador. Com uma compaixão que não conhece fronteiras nem limites de
resistência, Ele surpreende aqueles que estão presos pelo amor ao prazer,
capturados pelo orgulho atroz ou consumidos pela ganância voraz apresentando-se a eles em um relance de introspecção,
revelando repentinamente que suas vidas são nada mais que um borrão sem sentido
e caótico de energias mal direcionadas e pensamento defeituosos.
O Salvador que nos liberta do medo do Pai e do desamor por nós mesmo,
anima os derrotados através da descoberta dolorosa de que nossos esforços para
nos desembaraçarmos das desordens de nossas vidas são contraditórios em si
mesmos, pois a fonte dessas desordens é o nosso próprio ego arrogante. Bufar de
raiva, brigar por migalhas e nos fatigarmos por tentar consertar a nós mesmos é
um exercício inútil. Jesus espera que as tentativas cessem e em seguida envia
um discípulo até à alma esgotada a fim de revelar-lhe o impactante significado
da graça.
O Teólogo Roberto Barron escreveu: “Ele é o Deus de coração partido que
cura os corações partidos da humanidade. Jesus de Nazaré é a soma de todas as
coisas pelas quais temos esperado desde o Éden”.
Discursando sobre o extraordinário impacto da pessoa de Jesus na cultura
e nas artes, Barron prossegue: “Jesus é retratado de forma amorosa pelos
pintores Bizantinos, pelos artistas das catacumbas, pelos escultores da Idade
Média, por Giotto, Leonardo, Michelângelo, Caravaggio, Rubens, Rembrandt,
Manet, Picasso e Chagall. Sua sombra se projeta sobre as obras de Dostoievski,
Hemingway, Melville, Eliot e Graham Greene. Sua cruz ̶ é o símbolo dominante e mais reconhecido em
todo o Ocidente. Jesus é absolutamente inevitável. Nossa linguagem,
comportamento, atitude, perspectiva, aspirações, temores e sensibilidade moral,
tudo foi indelevelmente marcado por Sua mente e coração”.