quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O HOMEM ETERNO - G.K. Chesterton


O corpo foi descido da cruz, e um dos poucos cidadãos ricos entre os primeiros cristãos obteve a licença para sepultá-lo num tumulo na rocha no seu jardim, com soldados romanos montando guarda para que não houvesse nenhuma confusão e tentativas de recuperar o corpo. Houve mais uma vez um simbolismo natural nesses procedimentos naturais. Com razão o tumulo devia ser lacrado com todo o sigilo das antigas sepulturas orientais e custodiado pela autoridade dos césares. Pois naquela segunda caverna toda aquela grande e gloriosa humanidade a que chamamos de antiguidade estava reunida e encoberta e naquele lugar foi sepultada. Foi o fim de algo grandioso chamado de historia humana; a história do que era meramente humano. As mitologias e filosofias foram ali sepultadas, junto com os deuses, heróis e sábios. Na grande frase romana, eles viveram. Mas, como só podiam viver, por conseguinte só puderam morrer; e mortos estavam.
No terceiro dia os amigos de Cristo, vindo para o local ao romper da manhã, encontraram o sepulcro vazio e a pedra removida. De formas diversas perceberam o novo milagre; mas mesmo eles mal se deram conta de que o mundo morrera naquela noite. O que eles estavam contemplando era o primeiro dia de uma nova criação, com um novo céu e uma nova terra; e sob as aparências de um jardineiro Deus passeava novamente pelo jardim, não no frescor da noite, mas do amanhecer.

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

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