Estamos vivenciando nos últimos uma terrível reorientação
social, que visa pela mudança e quebra de paradigmas culturais, modificar a
forma como se vê, sente e compreende a sexualidade humana. Há várias maneiras
de levar esse “novo jeito” de viver à população, uma delas é, a alienação pela
mídia, principalmente através de novelas, matérias, programas de TVs e afins,
enfim, esse assunto merece um artigo especial, mas nesse, vamos falar da escola
e sua relação com a ideologia de gênero.
Como especialista em saúde mental, direitos humanos,
socióloga em formação, como e educadora, afirmo que a pior maneira, a mais
maquiavélica e cruel de se reorientar um ser humano afim de servir aos seus
propósitos é através da escola básica. Digo pior, pois as próprias Ciências
Sociais confirmam que alunos em formação, são ouvintes passivos, que assimilam
todas as informações que lhes são impostas ou repassadas.
Alguns professores, não todos é bom frisar, estão
doutrinando crianças com ideologias, com políticas partidárias que não
representam a opinião de imensa maioria da população, e nem mesmo dessa
criança, que por diversos mecanismos psíquicos como transferência, o vínculo
acaba acatando sem ao menos questionar, pois ainda não há argumentos internos
suficientes para tais questionamentos.
Esclarecendo o que seria um ouvinte passivo: “Ouvinte que
não expressa nenhuma linguagem verbal ou não verbal, aprovando ou desaprovando
o tema exposto; pela mídia, escola, sociedade, interlocutor, trabalho etc. Não
questiona, não interage, sem entender a magnitude do tema, apenas assimila o
conteúdo proposto, sem senso crítico, ou noção de julgamento. Por fata de
compreensão do tema, por acreditar no interlocutor, por não ter conhecimento e
não saber o que e como questionar, ou ainda pelo poder que o interlocutor
exerce sobre ele e o ambiente, apenas aceita e replica sem entendimento”.
O estado acredita que pode controlar crianças e
adolescentes, pela via do que eles chamam de construtivismo, “conhecimento
relativista” assim vão induzindo ao erro e a crença de filosofias, de esquerda.
A intenção fica claro, vão arregimentando soldados para seu exército de
anarquistas e esquerdistas, que tratam a sua sexualidade, a fé, a família de
forma pejorativa, em prol da realização dos mais sórdidos desejos. E me pergunto desejos de quem? Com que
intuito, já que a maioria da população nem sequer, tem conhecimento ou se
interessa por estes assuntos, e quando vem à tona se manifestam contrários?
Crianças ainda em idade escolar assimilam muitas vezes de
forma errôneas tais ensinamentos, o que lhes é ensinado, por não terem
repertório suficiente para questionar e interagir com determinados assuntos e
podem assumir comportamento, que ainda não estão preparados devido a
imaturidade emocional, psíquica e biológica.
Seu sistema nervoso central, ainda em formação, não consegue
muitas vezes compreender determinadas informações conflitantes com seu modo de
vida, com suas tradições, gerando conflitos intermináveis, alguns podendo levar
a comportamentos desajustados, desafiando autoridades, ao uso e abuso de
drogas, como forma de alívio desses conflitos. Crianças podem se sentirem
violentadas em sua moral, e desenvolverem desordem, transtornos emocionais,
relacionais e sexuais futuros quando são expostas a conteúdos que não tem suporte
psíquico para suportar.
Outro fato que devemos levar em conta, é que essa pessoa, em
idade escolar (criança ou adolescente) está em processo de construção da sua
identidade, e é totalmente desconhecida pelo professor. Essa criança que está
recebendo “educação sexual” na escola pode estar entendendo como uma violência
psíquica, podendo desenvolver transtornos psicológicos, mais variados.
Outro alerta, que faço como profissional a todos os pais e
professores: se esta criança tiver problemas com sua sexualidade, tiver um
histórico de abusos, por exemplo, de exposição sexual inadequada, poderá sim,
estas co-morbidades serem acentuadas, desenvolvendo um processo compulsório,
que fatalmente, se encontrará com um abuso de substâncias psicoativas ou mesmo
de comportamentos desajustada, como forma de alivio de suas dores e angústias.
A falta de cuidado com estas questões individuais, a falta
de respeito pela vida pregressa da criança, do entendimento, de como essa
criança vive, e o respeito as suas tradições familiares, e religiosas, nos
remete ao pensamento de que, estamos vivendo uma ditadura sexual, de gênero, da
diversidade apenas para contentar uma minoria que clama e luta por direitos
desrespeitando os direitos mais fundamentais de uma maioria, a sua fé e suas
tradições, a sua moral, isso que chamamos de ditadura cultural, reorientação
sexual, ditadura ideológica de gênero sexual.
“O estado não pode promover uma moralidade hostil, quem está
atacando a moralidade das religiões é o governo, é o MEC que está atacando as
religiões, não existe leis que permita os ensinamentos de orientação nas
escolas. Isso é uma iniciativa do MEC, da burocracia do MEC, que está passando
por cima do Parlamento e afrontando a moralidade, das religiões, e acusando as
religiões de estarem violando a laicidade do estado. É o cúmulo do cinismo, do
abuso e da audácia, desses funcionários públicos ditadores ideológicos
políticos e de gênero, que estão usando a máquina do Estado para impor,
promover as suas próprias concepções morais e ideológicas”, observa o doutor
Miguel Nagibe, autor do projeto “Escola sem Partido”.
Com esses ensinamentos o desajuste familiar é inevitável.
Esta reorientação social e cultural através da escola está claramente
interferindo na educação moral, que os pais dão aos seus filhos, e pela lógica
levará há um conflito e esse conflito a uma desconstrução da família. O que
sempre foi visto, como fator protetivo, dessa criança e adolescentes, será
entendido como, e é essa a intenção dos doutrinadores ideológicos: desconstruir,
acabar com a família tradicional, natural, que é claramente o impedimento dessa
agenda.
A escola que antes era vista como fator protetivo, hoje se
torna, neste contexto, um fator de risco, as escolas de hoje não são um campo
de conhecimento legítimo, de exercício do respeito, da neutralidade, dos
debates, conhecimento cientifico. Hoje, virou mais um campo de guerra
ideológica, ativista de gênero, de doutrinação da pluralidade sexual,
banalização da moral e da sexualidade, da desconstrução da religião cristã.
Muitas ações do MEC, embora embasadas em textos filosóficos
e recheados de “intelectualidades”, “saberes” e lutas contra a discriminação
das minorias, na verdade trazem em seu bojo uma vergonhosa perseguição da fé e
moral cristã. Escondem, para alguns desavisados e explicitam para a maioria da
população um confronto às famílias que têm tradições religiosas e lutam pela
preservação destas, de seu modo de vida, amplamente, diga-se de passagem,
amparados pela Constituição Federal.
Atitudes de enfrentamento do MEC sugerem uma radicalidade. Ao
mesmo tempo em que destoam da maioria sociedade, estão sempre afinadas, em
consonância com os movimentos LGBTTs e feministas. O próprio governo não tem
sabedoria em lidar com estes assuntos. Parece-me que o conflito entre classes,
entre grupos, mantém o poderio desse governo de esquerda.
Estamos vivendo sim um conflito
ético e moral, promovido por estas minorias políticas de doutrinação e
sustentado pelo governo federal e seus adeptos. Assim, a grande maioria – que
vive em um país democrático por direito – se vê acuada, violentada em seus
direitos, por uma minoria de ativistas de gêneros, que segue em sua psicopatia
megalômana, acreditando que deve e tem o direito de pautar como a toda a
sociedade deva viver, se comportar, e usam essas artimanhas para desautorizar,
desconstruir a autoridade dos pais, infringindo até mesmo a Constituição e o
Código Civil que declara, e cobra dos pais essa responsabilidade:
“Os pais têm a responsabilidade de sustento material e moral
de seus filhos, assim como compete a eles a sua criação e educação (art. 1.634,
I), até porque é ônus dos pais arcar civilmente com o pagamento de indenização
pelos atos danosos a terceiros que os filhos praticarem (art. 932, I)”.
A orientação aos pais e leitores é de que não aceitem serem
rebaixados ao papel de “cuidador”, pois é nisso que o atual governo quer
transformá-los.
Lembrei-me dos defensores do comunismo, que em nome da
igualdade de direitos conquistam a maioria da população, pela banalização dos
desejos, pela inclusão de tudo e de todos, e quando assumem o poder transformam
a todos e a todas em massa de manobra, idiotas úteis, sem o mínimo de direto.
Pior é a capacidade que esses manipuladores têm, de fazer a maioria acreditarem
em seus discursos “pseudo-intelectuais” decorados em sua maioria, e com uma
desonestidade intelectual diga-se de passem.
Muitos cristãos dormem, enquanto a palavra de Deus manda
agir em favor daqueles que se encontram sem desolação.
Provérbios 31-8,9: “Abre a tua boca em favor dos que não
podem se defender; sê o protetor dos direitos de todos os desamparados! Ergue a
tua voz e julga com justiça, defende o pobre e o indigente”.
Neste contexto, nossas crianças que são o futuro da nossa
nação, o futuro do Evangelho, estão sendo destruídas espiritualmente e o mundo
em desolação, porque muitos têm medo de abrir sua boca, outros porque são
omissões e muitos por falta de entendimento. A Igreja tem que acordar.
A questão é, como ensinar a criança, as diferenças dos
sexos, dos papeis sociais e sexuais, as diferenças de pai e mãe, a importância
desses papeis para seu futuro, se apenas o excluímos e não discutimos.
Frustração faz parte da vida, em meio a alegrias e tristezas, gratificações e
frustrações construímos um cidadão com princípios. Essa ideia é totalmente
estapafúrdia e só vai gerar crianças mimadas, que não suportarão serem
frustradas no futuro. Estamos criando seres relativista e aleijados em suas
emoções. Faz parte dessa “ideologia de gênero”, dessa falácia, a imposição. Os
pais nem sequer são mais consultados, e quando recebem o “bilhete” (decreto
ditador) é apenas para informá-los, e estes por sua vez, não questionam, ou por
não saber ou por omissão. A intenção, o objetivo principal desse artigo é
exatamente alertar, ensinar e motivar você leitor de forma clara, a reivindicar
seu direito e o direito das crianças, sejam seus filhos, ou da comunidade
dentro dessa escola. Não se omita!