terça-feira, 14 de outubro de 2014

Crianças - Paulo Cilas


Jesus faz duas menções importantes sobre crianças : “deixai vir a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos céus” e “aquele que não se fizer como criança não herdará o reino dos céus”. Sobre a primeira, naquele momento Jesus simplesmente dizia aos seus discípulos que eles não deveriam impedir as crianças de se achegarem a Ele. Isto é, deixe o caminho livre, eu tenho tempo pra elas, elas não me incomodam. Deste ponto também podemos fazer a  aplicação de que não devemos impedir de outras maneiras que  elas de conheçam Jesus. Por exemplo: sonegando a elas o ensinamento do evangelho, a importância de comunhão e do partir do pão, conviver com crianças diferentes, enfim, o envolvimento pleno no amor de Deus. 

Mas para mim fica claro que a palavra que mais chama atenção e parece que não ligamos muito para ela é a segunda. Ao dizer que não se não nos fizermos como crianças não herdaremos o reino;  deveríamos recebê-la com algo muito grave. Grave no sentido de merecer nossas preocupações e esforços para mudar nosso comportamento de "adultos" . Então, a pergunta é: temos nos tornado como crianças ou somos adultos demais e nos levamos a sério demais?

Vivi na Igreja e o que menos vi entre os adultos foi “coração infantil”, dificuldades de convivência, perdão, excesso de malicias, contendas e disputas - estou incluído nisso . Tornamo-nos carrancudos, feridos, magoados, donos da verdade, dominadores,etc. 

Sabemos que as crianças já trazem traços do pecado: manhosas, chantagistas e mais coisas, contudo  são transparentes em suas 'inclinações". Não têm vergonha de chorar e normalmente não guardam mágoas; o coleguinha que o feriu num momento no outro já está na brincadeira. Já nós, demoramos séculos para pelo menos “dar uma olhadinha para o coleguinha”.

Como adultos nos tornamos muitas coisas: pais, profissionais, crentes ou não, mas será que nos tornamos como criança?  Pais, profissionais, pessoas responsáveis , crentes, descrentes, pobres, ricos, bem sucedidos ou nem tanto... não entrarão por causa disso Nos Céus. Mas crianças, sim!

 

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