sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Pregar o Evangelho - Paulo Cilas

 

 Embora não pareça nunca foi tão difícil pregar o Evangelho. A começar pela falta de disponibilidade e disposição, desembaraço e acesso as pessoas , essas sempre ocupadas ou entretidas com tantas coisas que lhes chamam a atenção. Sabemos que muitos de nós não têm facilidade para lidar com isso. Entretanto, essas coisas não são ainda as mais difíceis. Há outras que ocupam este patamar de dificuldade. 
- Primeira dificuldade é o coração do homem. A inclinação do homem para o pecado em suas mais variadas formas acabam por fechar, tapar-lhe os ouvidos e a endurecer o seu coração. 
- Outra dificuldade é fugir da tentação de pregar “um evangelho” que atenda as necessidades particulares das pessoas. Isso está bem pontuado nesta era. Passamos  a oferecer soluções de tudo e para tudo. E, como sabemos,  não é esse o propósito primordial da pregação do Evangelho, e,  sim, a salvação do homem, a Vida Eterna. Assim sendo, muitas  promessas não serão cumpridas  gerando frustração, derrota e distanciamento daqueles que aprenderam "a buscar em primeiro lugar as demais coisas e, depois, O Reino de Deus". Isto é, se forem atendidas sempre em suas ditas necessidades.  
- Mas, talvez a maior das dificuldades seja a nossa própria: acreditar naquilo que o ap. Paulo já determinava: "Não me envergonho do Evangelho de Cristo pois é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê". Sim, a verdade é que só pregar o Evangelho- vencidas as dificuldades acima citadas -  já não nos é suficiente. No afã de termos argumento  para tudo  acabamos por descrer na mensagem simples. É claro que Jesus falou sobre consolação, alivio para os aflitos e cansados. É também claro em toda Bíblia que devemos dar assistência aos que necessitam. É claro também que devemos estar prontos para explicar a razão de nossa fé, mas tudo isso é consequência natural de uma mensagem que regenera, justifica e conduz o homem à eternidade. Enfim, tudo está restrito e condicionado à pregação e aceitação desse Evangelho. 
Vivemos num mundo em que as palavras pomposas têm tomado lugar, alcançado aura de verdade absoluta e mística. Isso  em todas os segmentos: científico, comercial, religioso, etc. Mas  Jesus determinou que as suas palavras não iriam passar jamais. Ou seja, elas não precisam ser otimizadas, proativas e reativas e, sobre tudo, mercantilizadas e usadas  como marketing de projetos pessoais ou personalistas.
Este é o Evangelho: Boas novas de salvação! E as Boas Novas, graças a Deus,  são as mesmas desde que Jesus subiu à cruz e declarou que tudo estava consumado.
"Aquele que crê será salvo e aquele que não crê já está condenado".

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