Embora não pareça nunca foi tão difícil pregar o Evangelho. A começar pela falta de disponibilidade e disposição, desembaraço e acesso as pessoas , essas sempre ocupadas ou entretidas com tantas coisas que lhes chamam a atenção. Sabemos que muitos de nós não têm facilidade para lidar com isso. Entretanto, essas coisas não são ainda as mais difíceis. Há outras que ocupam este patamar de dificuldade.
- Primeira dificuldade é o coração do homem. A inclinação do homem para o pecado em suas mais variadas formas acabam por fechar, tapar-lhe os ouvidos e a endurecer o seu coração.
- Outra dificuldade é fugir da tentação de pregar “um evangelho” que atenda as necessidades particulares das pessoas. Isso está bem pontuado nesta era. Passamos a oferecer soluções de tudo e para tudo. E, como sabemos, não é esse o propósito primordial da pregação do Evangelho, e, sim, a salvação do homem, a Vida Eterna. Assim sendo, muitas promessas não serão cumpridas gerando frustração, derrota e distanciamento daqueles que aprenderam "a buscar em primeiro lugar as demais coisas e, depois, O Reino de Deus". Isto é, se forem atendidas sempre em suas ditas necessidades.
- Mas, talvez a maior das dificuldades seja a nossa própria: acreditar naquilo que o ap. Paulo já determinava: "Não me envergonho do Evangelho de Cristo pois é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê". Sim, a verdade é que só pregar o Evangelho- vencidas as dificuldades acima citadas - já não nos é suficiente. No afã de termos argumento para tudo acabamos por descrer na mensagem simples. É claro que Jesus falou sobre consolação, alivio para os aflitos e cansados. É também claro em toda Bíblia que devemos dar assistência aos que necessitam. É claro também que devemos estar prontos para explicar a razão de nossa fé, mas tudo isso é consequência natural de uma mensagem que regenera, justifica e conduz o homem à eternidade. Enfim, tudo está restrito e condicionado à pregação e aceitação desse Evangelho.
Vivemos num mundo em que as palavras pomposas têm tomado lugar, alcançado aura de verdade absoluta e mística. Isso em todas os segmentos: científico, comercial, religioso, etc. Mas Jesus determinou que as suas palavras não iriam passar jamais. Ou seja, elas não precisam ser otimizadas, proativas e reativas e, sobre tudo, mercantilizadas e usadas como marketing de projetos pessoais ou personalistas.
Este é o Evangelho: Boas novas de salvação! E as Boas Novas, graças a Deus, são as mesmas desde que Jesus subiu à cruz e declarou que tudo estava consumado.
"Aquele que crê será salvo e aquele que não crê já está condenado".