Artigo do Ariovaldo Ramos postado
aqui mostra dois discípulos raivosos querendo destruir pessoas como vingança
por elas não terem deixado Jesus descansar em sua cidade. Claro que Jesus os
repreendeu, pois tal postura seria completamente oposta à sua obra de
reconciliação que estava sendo estabelecida.
Hoje percebemos uma tendência para
aplaudir aos que, dos púlpitos e nas TVs, com veemência falam de poder,
domínio, moralismos. Quase chegam a espumar quando apontam o pecado
alheio.
Ao mesmo tempo, aqueles que se portam
com brandura ousando
expor suas fragilidades e, assim, pregam O Evangelho da Graça como iguais a todos, não sendo juízes de ninguém, são chamados de coniventes, amigos do mundo, fracos, não representantes de Deus (curiosamente Jesus foi acusado da mesma coisa). Tais preferências acontecem no seio da Igreja. Os raivosos e brigadores cada vez mais enaltecidos e os demais ignorados ou desdenhados. E quando expressam seus medos, suas dúvidas, suas sinceras indagações, e até mesmo seus pecados, são atacados como desqualificados.
expor suas fragilidades e, assim, pregam O Evangelho da Graça como iguais a todos, não sendo juízes de ninguém, são chamados de coniventes, amigos do mundo, fracos, não representantes de Deus (curiosamente Jesus foi acusado da mesma coisa). Tais preferências acontecem no seio da Igreja. Os raivosos e brigadores cada vez mais enaltecidos e os demais ignorados ou desdenhados. E quando expressam seus medos, suas dúvidas, suas sinceras indagações, e até mesmo seus pecados, são atacados como desqualificados.
Alguns desses, como o Pr. Ricardo
Gondim, pagam o preço por dar luz às suas reflexões que fogem do lugar comum “evangélico”.
É verdade que pensadores às vezes nos assustam e em outras vezes discordamos
frontalmente deles. Mas, ora, também não discordamos de Jó quando diz que o
aborto é melhor que ele? Ou de Jonas, primeiro desobediente e, depois, frustrado com a
misericórdia de Deus para com os ninivitas? Ou, ainda, de Elias que deprimido
se enfurna na caverna mostrando fraqueza ante a ameaça de Jezabel? E o que dizer
de Paulo que afirma categoricamente ser com a mente servo de Deus, mas, com o
corpo servo do pecado?
Eis algo que tenho crido: A nossa visão é a do Cordeiro, ou seja, a
nossa mensagem é do Jesus crucificado amando o mundo e querendo reconciliar o
homem com Deus. A nossa visão não é ainda do Leão, do Juiz. É a Cruz não a
espada, é o dar não o receber, é pregar a graça não a ameaça! Até porque,
não temos capacitação para juízos, moralismos entre outras coisas, pois, agindo
assim, fatalmente sempre coamos mosquitos
e engolimos camelos.
Precisamos estar do lado do homem
envergonhado que ora no templo se confessando pecador, da mulher "pagã" siro-fenícia
que declara que até os cães comem das migalhas que caem da mesa, do centurião
que acredita na autoridade de Jesus para curar, do outro centurião que, no
momento do escárnio maior do Senhor como malfeitor na cruz, declara que Ele,
Jesus, “verdadeiramente era o Filho de
Deus”! Em sua sinceridade ou humildade estiveram do lado certo. E nós
precisamos estar do lado delas pois assim nos esvaziamos de nossas soberbas e
vaidades tornando-nos reflexos da misericórdia de Jesus.
Mesmo em meio aos brados raivosos que
aparentemente parecem certos e por motivos certos, não devemos consumir
ninguém, seja com o fogo, como propuseram João e Tiago, seja com o nosso afastamento
“das pessoas mundanas”.
Brilhemos nas trevas! Ainda há tempo de apontar O Cordeiro, que morreu
pelos pecadores. Nós entre eles.