A narrativa de 2 reis 6: 1-7 poderia ser vista tão somente como mais um milagre de Deus através de um servo seu. Contudo, as páginas do texto sagrado, ao retratar a trajetória humana, expõem aspectos dos mais agudos e fundamentais aos mais comezinhos e diários. E em todos, absolutamente todos, temos ensinamentos riquíssimos.
Pois bem, encontramos nesta passagem uma situação comum a todos nós: querer melhorar de vida, a maneira de viver. "O lugar que moramos é pequeno demais, permita que façamos uma casa maior". Os filhos dos profetas – aprendizes do ofício profético – queriam tão somente uma casa mais confortável, quem sabe com maior privacidade. Enfim, algo muito prosaico. Mas, ao cortar uma árvore, o machado de um deles caiu nas águas do Jordão. Ferramenta cara e rara naqueles tempos, tal perda fez com que o moço empalidecesse de susto, pois, na verdade, o machado não lhe pertencia.
E agora? A ação a seguir é de uma simplicidade fenomenal. Eliseu toma um pequeno pedaço de pau, um galho talvez, e, perguntando ao moço em aflição qual o lugar exato onde caíra o machado, ali o lançou e o machado veio à tona. “Estenda a mão e pegue-o", foi a ordem seguinte.
Algumas vezes, perdemos o machado também. Nos nossos sonhos e anseios, necessidades prementes ou secundárias, nos vazios e cansaços, sentimos que nossa vida parou. Ou a continuação dela se dá sob o signo da desesperança, da falta de perspectiva. Ou ainda, a vida continua, mas estimulada por valores e ética empobrecidos. Não vivemos, por hora só existimos.
Perdemos a alma. A nossa alma vivente caiu no rio.
E a solução é: primeiro, identificar o lugar exato da queda. E isto não é fácil, dada nossa dificuldade de encarar as dores e decepções vividas, e, mais dificuldade ainda, quando somos os causadores de nossas tragédias. Reconhecer erros sem culpar outros é tarefa penosa demais para nós.
Conseguindo identificar o lugar da queda, o segundo passo é estender a mão para pegar o machado – alma, vida. E, nesta hora, podemos estar desanimados demais, descrentes mais ainda. Pior, passamos a nos alimentar da nossa miséria. Envergados diante dos descaminhos, esperamos que o machado não somente bóie, mas que também venha voando para nossas mãos.
Mas, o milagre parou no momento em que as águas devolveram a ferramenta. Coube ao moço estender a mão e a tomar.
Da mesma forma, o Senhor age conosco. Fornece-nos, miraculosamente, o instrumento perdido e, a partir daí, é conosco, pois não adianta ter alma e não querer a vida, ter a vida e não querer construir, não querer melhorar. Principalmente querer melhorar como gente.
Tomemos a nossa ferramenta nas mãos porque Deus, em Jesus Cristo, a fez ressurgir das profundezas e nos possibilitou ter vida, e vida em abundância.
Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime
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