Não! Não estamos mais na inocência. Definitivamente fomos expulsos do Jardim da Perfeição quando escolhemos o conhecimento do bem e do mal sem possuirmos a maturidade necessária para tal. E por isso passamos a viver em meio às maldades nossas e dos outros sem podermos voltar atrás.
Também não chegamos ainda à Nova Jerusalém. Isso quer dizer que aqui ainda somos, além de culpados, corruptíveis. Sim, corruptos e frágeis. E quaisquer tentativas de mudar esta realidade, de não querer enxergá-la, nos levará a frustrações dolorosas e em muitos casos na perda de nossa identidade, pois, sempre que tentamos ser o que não somos a identidade é assassinada.
Como viver então? Já que não somos mais inocentes e não temos mais lugar no Jardim, e, somos tão corruptos ao ponto de “fazermos o mal que não queremos e deixamos muitas vezes de fazer o bem que queremos”. Vamos nos acomodar? Sermos iguais aos vivem desregradamente, sem temor, sem compromisso com Deus e Sua verdade? De maneira nenhuma!
A saída para nós, penso eu, ainda que com parco entendimento, é vivermos no lamento da queda na qual perdemos a pureza, mas, sem sermos derrotados pela derrota pois, alimentamos a esperança da “corruptibilidade sendo revestida de incorruptibilidade”. Aguardamos não mais o retorno da inocência e, sim, a maturidade de escolher o bem. Bem escancaradamente revelado em Jesus. O bem que vencerá todo mal e nos devolverá a perfeição original com a qual fomos criados.
Caminho assim entre o Éden e a Nova Jerusalém. Não sendo inocente, mas desejando a virtude. Sendo corruptível, porém ansiando pelos caminhos retos, as ruas de ouro e o mar de cristal da Nova Jerusalém. A qual não teria acesso se não fosse O SANGUE INOCENTE DE JESUS!
Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime
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