quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cartas de um Deus que te ama - Larry Crabb


Deus diz: Quando eu jogo meus filhos para o alto o temor aparece antes
do prazer. Coloque-se no lugar do meu povo na época de Daniel. Eles se 
sentiam jogados para o alto sem uma rede de proteção embaixo. Eles não
eram capazes de ver Deus pronto para segurá-los.

Jerusalém está em ruínas. Eles não tinham um rei. Os pagãos haviam 
entrado no Santo dos Santos e viviam para levar para casa os tesouros
sagrados que roubavam. E a teologia do meu povo e todas as suas
esperanças ruíram.

O maior perigo que o meu povo enfrenta hoje é a prosperidade, bênçãos
que reforçam a falsa esperança de que nada sério acontecerá em sua vida
se eles apenas continuarem a acreditar, esperar, confiar e sorrir.
Meu povo, na época de Daniel, estava lutando com questões difíceis que
a igreja próspera de hoje nunca questiona.

Quando toda esperança de como sua vida deveria ser é destruída; quando
eu lhe parecer um soberano frio e indiferente, um quebrador de promessas,
um Deus sem utilidade, um pai que abandona, regozije-se! Você está
pronto para a revelação, para me conhecer como eu sou.

Tente explicar por que a prosperidade e as bênçãos podem ser perigosas.

Como a sua visão de Deus é diferente em épocas de prosperidade e em 
épocas de sofrimento?

O que caracteriza nossa vida, nossas famílias e nossas igrejas se honrássemos
o processo crucial que está em andamento em épocas de sofrimento e a destruição de nossos sonhos?

Que questões vêm à tona quando toda expectativa de como a vida
deveria ser é destruída?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

BEZERRO DE OURO - PARTE lV - Paulo Cilas


Em volta do bezerro a alegria se tornou contagiante. Um observador não necessariamente tão atento diria que “está tudo muito bem”, “que coisa maravilhosa”; Um povo que há pouco era escravo, mais que 400 anos em terra estranha, agora tendo a liberdade caminhando para sua própria terra. O que mais justificaria tanta alegria?

Entretanto nem sempre aquilo que parece ser motivo de alegria ou que dê ao povo ações e reações de júbilo é o que Deus quer. Segundo o texto bíblico não era barulho de vencidos ou vencedores, não havia nenhuma batalha conquistada. Não ali. Era tão somente cantoria. Mas para quem?

Arão tentou, como vimos anteriormente, juntar o culto ao bezerro com festa a Deus; Será que resta ainda dúvida sobre a real motivação de tais cantos, de tal alegria? A resposta vem com Moisés, aquele que já poderia ter morrido lá em cima, no cume. O defasado. O Moisés que não atende mais às expectativas do povo. Ele chega e as tábuas que trazia consigo escritas com   tudo o que ele ouvira de Deus, os mandamentos, foram agora despedaçadas ao pé do monte. Moisés não esqueceu naquele ato o que Deus lhe falou , mas o que seria para todo o povo, tanto os escritos das tábuas bem como o que Moisés falaria foram perdidas ali. Se outro observador olhar essa cena, sabendo tudo o que se passa, diria: “todos os dias ouvindo a Deus e toda instrução útil  de Deus foram perdidos.” 
Há de se recomeçar. Ao invés da boa instrução o que vem agora é repreensão. Nenhum passo adiante, o deserto se encomprida. Um povo livre, mas não liberto. O povo tirado do Egito, mas o Egito não tirado do povo. Quanto perdemos em não esperar, ouvir e aprender!

Cena que segue, Moisés agora repreende a Arão: “O que te fez esse povo para você permitir isso?” Arão ainda tenta justificar dizendo que o povo é mau e que ele se sentiu pressionado. Moisés, pesado de fala, é o estraga-prazer de plantão e o que vem a seguir é um absurdo: Aquele ajuntamento se tornou em divisão, irmão matando irmão, amigo matando amigo, vizinho matando vizinho. Podemos questionar porque Moisés deu tal ordem de destruição, podemos não entender, mas uma coisa é certa: divisão, sofrimento, gente contra gente só são provocados por aqueles que deixam Deus e buscam bezerros.

Particularmente ainda não consigo conceber que muitos dividam tanto em nome de “Deus” e dizem estar fazendo a vontade de “Deus”, que estão louvando a “Deus”. Se todos estivessem esperando a Palavra que realmente vinha de Deus, se não quisessem erigir seus bezerros, que podem ter hoje as mais diversas formas (homens, instituições, prédios, ministérios...). Se...

Se na oração sacerdotal de Jesus Ele afirma que se o povo fosse um o mundo saberia que o Pai o enviou, está justificado o fato de tantos não crerem em mais nada. “Arão" precisa entender que os caminhos de Deus não passam pelo bezerro e nem se deve sucumbir aos desejos de um povo inquieto. O apóstolo Paulo adverte: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si mestres conforme as suas próprias concupiscências”. Talvez precisemos de mais Moisés. Não tendo vergonha e nem hesitação de suprimir a Palavra por um pouco, para não misturar o santo com o profano, levar o povo a um reconhecimento de erro. Afinal, foi Jesus quem disse: “Não deis aos cães as coisas santas, nem lanceis pérolas aos porcos” (MT. 7.6).

O Senhor seja louvado!



Crer quando todos os recursos fracassam agrada muitíssimo a Deus e é altamente aceito por ele. Jesus disse a Tomé “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” João 20:29

Bem aventurados os que crêem quando não existe evidência de uma resposta a sua oração. Bem aventurados aqueles que confiam mais além da esperança quando todos os meios fracassaram.

Alguém chegou a um lugar de desespero, ao final da esperança e ao término de todo recurso. Um ser querido enfrenta a morte, e os médicos não dão esperança. A morte parece inevitável. A esperança se foi. Orou pelo milagre, porem, esse não aconteceu.

É nesse momento quando as legiões de Satanás se dirigem a atacar sua mente com medo, ira e perguntas opressivas como “Onde está teu Deus? Você orou até não lhe restaram lágrimas, jejuou, permaneceu nas promessas e confiou” Pensamentos blasfemos penetraram em sua mente: “A oração falhou, a fé falhou. Não vou abandonar a Deus, porem não confiarei Nele nunca mais. Não vale a pena!” Até mesmo perguntas sobre a existência de Deus acometem sua mente!

Tudo isso foi dispositivos que Satanás empregou durante séculos. Alguns dos homens e mulheres mais piedosos de todas as eras viveram tais ataques demoníacos.

Para aqueles que passam pelo vale da sombra da morte, ouçam essas palavras: O pranto durará algumas tenebrosas e terríveis noites, mas em meio a essa escuridão logo se ouvirá o sussurro do Pai: “Eu estou contigo. Nesse momento não posso lhe dizer por que, mas um dia tudo terá sentido. Verás que tudo era parte de meu plano. Não foi um acidente. Não foi um fracasso da tua parte. Agarre-se com força. Deixe Eu te abraçar nessa hora de dor”

Amado, Deus nunca deixou de atuar em bondade e amor. Quando todos os recursos falham, Seu amor prevalece: Aferre-se a sua fé. Permaneça firme em Sua Palavra. Não há outra esperança nesse mundo.

A LÓGICA DO FORMIGUEIRO - PAULO CILAS

Reedição por continuar atual




O filme é até legalzinho: Formiguinha Z conta a história de uma  formiga em seu formigueiro passando por brigas, intrigas, sofrendo enchentes, sendo atacado por inimigos vorazes. A parte final é uma epopeia onde o “herói” acaba sendo fundamental para a salvação de todo formigueiro. Todos comemoram numa algazarra só. Mas aí a câmera vai se afastando e aquele universo se perde dentro de um único quintal. Tudo o que aconteceu ali era insignificante diante do mundo lá fora.

É assim que vejo o que nossas igrejas têm se tornado. Através dos programas de televisão assistimos que as nossas reuniões são verdadeiras catarses; em um programa o líder diz ter revelações do livro que João comeu na visão de Apocalipse; do que Paulo viu no terceiro céu... Pessoas caem; ali é declarada vitória sobre tudo - como se ficássemos isentos às tribulações da vida -. Reunimos-nos em congressos que determinam conquista de território, aquisição de poder e autoridade sobre tudo. Subimos morros com segurança policial e decretamos que a paz está instalada ali (mas não subimos para declarar vitória quando há tiroteio). Reunimos em alguns lugares sobre o manto da promessa da prosperidade. Também declaramos que estamos vencendo inimigos poderosos e levantamos a um só grito as nossas espadas espirituais, marchamos, gritamos, adesivamos nossos carros com palavras de ordem, mas quando a câmera se afasta somos apenas um formigueiro em ebulição sem causar nenhuma diferença prática no mundo lá fora.

Um pastor atuante em uma grande capital brasileira, capital essa que reúne “grandes” igrejas, entre lágrimas afirmou que sua cidade está uma droga. Nada muda. Muito barulho por nada, diria Shakespeare. Quando somos notados é tão somente para sermos expostos às contradições, guerras de ego e amor ao dinheiro, ou seja, somos notados nas práticas iguais as do mundo lá fora.

O curioso é que se fôssemos simples, vivendo na singeleza de coração descrita em Atos, na comunhão, aí sim afetaríamos o “quintal” a nossa volta, sendo realmente o sal dessa terra.

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...