sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Considerações sobre o momento político - Paulo Cilas

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Vi gente boa cristã defendendo  a reeleição da presidenTE em nome dos historicamente desprezados pela sociedade. Lembrei de Lv. 19.15: "Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo". Fechou-se os olhos para práticas injustas e manipuladoras, principalmente as que pervertem princípios caros à luz das escrituras, em nome dos pobres. Crentes em Cristo estão flertando com ideologias que querem impor seus princípios a despeito da liberdade alheia - vide a psicóloga que foi ofendida e ameaçada por proferir sua fé em sua rede social particular; não foi em seu consultório.
Por outro lado, vi gente boa cristã fazendo coro com pessoas que nunca lutaram pelo bem da socieda-de como um todo, pois estavam em sua bolha classe A, na afirmação de que vão embora do Brasil ignorando a palavra de Cristo: "O mundo jaz no maligno" e "o príncipe desse mundo é satanás"!
No passado  houve"traições" dentro das igrejas. Irmãos a favor do regime militar "entregavam" seus pares com quem partilhavam o pão e o vinho da comunhão, os bancos e os púlpitos, somente por eles - a maioria pelo menos- serem contra um regime tão duro. E vale também lembrar que muitas pessoas ditas de esquerda seguiam uma doutrina igualmente dura, como da extinta(?) URSS,  o que fatalmente culminaria numa outra forma de ditadura. E assim, no meio desses conflitos políticos passados e presentes, e outra vez se ignora a palavra de Jesus: "Meu reino não é desse mundo!"
Vi como é difícil manter uma posição ética quando se tem a oportunidade de influenciar pessoas. Se fico quieto sou omisso. Se me pronuncio estou usando minha função para convencer. Na dúvida, quer dizer: não tenho dúvida; púlpito de igreja é para pregar A Palavra de Deus e ponto. Nas conversas avulsas exponho minha opinião como qualquer cidadão.
E por falar em posição vi que alguns "agentes cristãos" deixaram longe a prudência da serpente e conseguiram resultado totalmente contrário ao que vociferavam em seus programas ou declaravam em "oração declaratória". Alias, parece haver um certo fetiche evangelical pelo domínio desse mundo.
Por fim, vejo que posso manter a esperança. Deus subjugou Nabucodonosor, usou até a malvada Assíria. E, mesmo Balaão querendo falar contrário ao povo não conseguia nada além do que pronunciar bençãos. Se assim agir Deus, ouvindo nossas orações, Amém!! Se não, continuamos mesmo com ventos contrários  sabendo que nossa pátria mesmo é a Celestial
 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Crianças - Paulo Cilas


Jesus faz duas menções importantes sobre crianças : “deixai vir a mim as criancinhas, pois delas é o reino dos céus” e “aquele que não se fizer como criança não herdará o reino dos céus”. Sobre a primeira, naquele momento Jesus simplesmente dizia aos seus discípulos que eles não deveriam impedir as crianças de se achegarem a Ele. Isto é, deixe o caminho livre, eu tenho tempo pra elas, elas não me incomodam. Deste ponto também podemos fazer a  aplicação de que não devemos impedir de outras maneiras que  elas de conheçam Jesus. Por exemplo: sonegando a elas o ensinamento do evangelho, a importância de comunhão e do partir do pão, conviver com crianças diferentes, enfim, o envolvimento pleno no amor de Deus. 

Mas para mim fica claro que a palavra que mais chama atenção e parece que não ligamos muito para ela é a segunda. Ao dizer que não se não nos fizermos como crianças não herdaremos o reino;  deveríamos recebê-la com algo muito grave. Grave no sentido de merecer nossas preocupações e esforços para mudar nosso comportamento de "adultos" . Então, a pergunta é: temos nos tornado como crianças ou somos adultos demais e nos levamos a sério demais?

Vivi na Igreja e o que menos vi entre os adultos foi “coração infantil”, dificuldades de convivência, perdão, excesso de malicias, contendas e disputas - estou incluído nisso . Tornamo-nos carrancudos, feridos, magoados, donos da verdade, dominadores,etc. 

Sabemos que as crianças já trazem traços do pecado: manhosas, chantagistas e mais coisas, contudo  são transparentes em suas 'inclinações". Não têm vergonha de chorar e normalmente não guardam mágoas; o coleguinha que o feriu num momento no outro já está na brincadeira. Já nós, demoramos séculos para pelo menos “dar uma olhadinha para o coleguinha”.

Como adultos nos tornamos muitas coisas: pais, profissionais, crentes ou não, mas será que nos tornamos como criança?  Pais, profissionais, pessoas responsáveis , crentes, descrentes, pobres, ricos, bem sucedidos ou nem tanto... não entrarão por causa disso Nos Céus. Mas crianças, sim!

 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A GRAÇA QUE NOS EMPAREDA - POR PAULO CILAS




REPOSTAGEM



Conta Philip Yancey que chegando a uma reunião de escritores cristãos um assunto já estava em debate: Qual a maior contribuição prática do Cristianismo ao mundo? Bem informalmente os debatedores constatavam que benfeitorias sociais, educacionais, médicas e outras emocionais e espirituais também eram realizadas por muitas outras religiões no mundo. Ao responder, Yancey foi direto: A Graça!
De fato, todas as religiões apresentam algum tipo de salvação sempre baseada no auto-sacrifício, reencarnação, mérito e purgatório, etc.
Mas triste mesmo é a constatação de que a Graça não é compreendida e por isso mesmo não é vivida; e o pior, ela não é aceita no meio dos que dizem seguir seu Autor. Em alguns casos ela soa como uma ameaça à boa fé. 
Mas, por que? Porque a Graça não consegue ser entendida em sua plenitude?
Penso que, no confronto com a Lei, ela é muito mais contundente. Na Graça não basta não matar pois ela me revela o quanto sou mau em odiar. Ela me coloca em pé de igualdade com um assassino. E que é isto? Ah! Isto é injusto, ora. Então, ainda que meio sem querer, eu a renego.
E o mérito? Vivemos a era da concorrência, da mídia. Propagandas de escolas afirmam que nelas só estudam as melhores cabeças ou os que querem ter um futuro brilhante. E, no mercado, os melhores são logo escolhidos e usados. Na igreja humana quanto maior e luxuoso o prédio, ou quanto mais "visões e unções" e o maior número de seguidores tem-se estabelecida a melhor," a mais mais" dentre todas.
Entretanto, a Graça joga tudo isto por terra. Nela estávamos todos encerrados debaixo da desobediência. Todos éramos, sem ela, miseráveis, pobres , cegos e nus. E sem ela permanecemos assim. Méritos, justiça própria, aparências, obras... Nada disso subsiste. Nada pode ser apresentado diante de Deus como coisa de valor. Pois tudo estava condenado.
Alguns, para não dizer muitos, alegam que quando se prega muito sobre Graça há uma corrida desenfreada para o pecado. O entendimento é que a pessoa se torna mais pecadora a partir da Graça. Muitas vezes, isto não é dito de forma clara, mas está camuflado no "modus operandi" eclesiástico. Mas vejam só! "Pela Graça" é a única maneira possível do homem ser salvo.
"O homem não é pecador porque peca. Ele peca por ser pecador".
Estou então emparedado pela Graça. Sendo o único instrumento de salvação sua eficácia só se dá em meio a uma confissão genuína. Não aceita aparência, mas me expõe como verdadeiramente sou, quebrando minha altivez . Devo fazer o melhor sem esperar recompensa, pois se o fizer nem "servo inútil" serei. Torno-me só inútil.
Então, viver pelas várias leis criando novas fórmulas e regras disfarçadas de coisas de Deus é mais cômodo. A Graça constrange muito!

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...