terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

DÍZIMOS E OFERTAS - PAULO CILAS


Melhor coisa é dá do que receber... Atos 20.35
Cada um contribua segundo propôs no seu coração... II Cor. 9.7


No AT em Malaquias 3.8 está escrito que se rouba de Deus em não entregar dízimos e ofertas. Por que o roubo? Naquele sistema, em que onze tribos de Israel tinham suas terras para produzir, a tribo de Levi ficaria à disposição do serviço religioso em todo território nacional. Ora, sendo assim, os dízimos sustentariam a tribo de Levi. Logo, sustentariam o Culto e todo cerimonial. Havendo sonegação estaria-se então sonegando o Culto. Daí Deus dizer: “Vocês me roubam”!
Usar tal argumento nos dias de hoje já não faz tanto sentido (a não ser for por aqueles que querem arrancar dinheiro de qualquer jeito em prol de seus próprios objetivos. Ainda que use o nome de Deus para os tais). O que o NV nos apresenta em Cristo é a “liberalidade”, é o dar sem fazer conta de tostões, é o coração generoso, participativo e coerente que entende que ofertar e dizimar tornam-se privilégio e não obrigação.
Antes, ainda que contrariado, tinha-se que cumprir o estabelecido. Agora, ninguém deve contribuir contrariado. Se o dizimo não for exercido com alegria, fé e fidelidade nenhum dinheiro fará sentido.
Quanto ao valor, o Ap. Paulo em um texto acima referido fala que parte do coração, o que você propuser. Os 10% (dizimo) são boa referência. Afinal, antes da existência da nação de Israel, Abraão já tinha entregado o dizimo a um homem chamado Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, que vem a ser uma figura do próprio Cristo e, que em Hebreus no cap. 7, o próprio Jesus é definido como sendo sacerdote segundo a ordem desse Melquisedeque.
Há também o fato de Deus não possui um serasa, spc que registram débitos que devem ser quitados. Não há divida em dinheiro com Deus! O que há e o que deve sempre haver são corações que amam e com alegria ofertam e dizimam. Então, não é pelo medo do devorador, pela ameaça sobre os que não ofertam e dizimam que nós assim o fazemos ou deveríamos fazer. E, sim, pelo grande privilegio de nos envolvermos em torno de algo em comum numa comunidade(igreja), em sustento de ministros e missionários bem como no socorro dos irmãos da fé em necessidade.
E Deus nada mais disse e nada mais acrescentou, mas, termino com a palavra de Jesus: "O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas".

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A influência judaica na igreja - Luis A R Branco




Uma das coisas que vem chamando minha atenção há algum tempo é a influência exagerada do judaísmo dentro de alguns segmentos evangélicos. Na verdade, a igreja brasileira sempre nutriu certa apreciação pela Terra Santa e pelo Povo Judeu. Mas o que vemos hoje em dia é uma importação exagerada dos costumes judeus para dentro da igreja, ferindo assim a orientação apostólica, o ensino dos pais da igreja e dos reformadores quanto ao assunto.

Nossa obrigação como apologetas cristãos é o de alertar a igreja quanto aos perigos por trás de determinadas práticas. John M. Frame diz que a apologética pode ser tratada no meio cristão de três formas distintas: 1. A apologética das evidências: É a apresentação racional da fé cristã, oferecendo bases credíveis para aquelas pessoas que têm dificuldade de crer no evangelho. 2. A apologética da defesa que oferece respostas em defesa do evangelho para aqueles que tentam deturpar a mensagem da verdade. 3. A apologética da ofensa, que é o ataque ou denúncia explicita daqueles que se utilizam do evangelho com objetivos escusos.[1]

Com base em nossa missão apologética devemos mostrar a irracionalidade, a deturpação e denunciar explicitamente as aberrações destes movimentos tidos judaizantes espalhados pelo Brasil. Devido ao espaço pequeno, seremos bastante resumidos em nossa apresentação, mas o suficientemente convincente para que você se afaste definitivamente destes grupos heréticos.

Em primeiro lugar, precisamos entender qual a missão de Israel e do Antigo Testamento na história da redenção. Em meu recente livro Israel e a Igreja, procuro esclarecer: “O Antigo Testamento, com todas as suas leis, rituais e tradições, tem sido muitas vezes interpretado de forma equivocada, principalmente por alguns segmentos cristãos, não tão novos como imaginamos, que desde o princípio da igreja tem procurado trazer para dentro da Nova Aliança elementos oriundos das tradições judaicas, culminando naquilo que conhecemos como “cristãos judaizantes”. O Antigo Testamento fornece certamente a preparação teológica essencial para tudo aquilo que emergirá através da Igreja do Novo Testamento. 

A missão de Israel no Antigo Testamento envolvia elementos muito particulares para aqueles dias e tentar transferir estes elementos para os nossos dias, pode certamente nos induzir a erros e a cometer interpretações equivocadas da missão de Israel [...].” [2].

Alguns dos costumes judaicos estão muito mais relacionados com questões de saúde sanitária, devido à sua localização geográfica e questões climáticas do que propriamente com questões religiosas. Já no Novo Testamento, determinadas proibições estavam relacionadas com comida sacrificada a ídolos. Se um cristão judaizante fosse realmente fiel a uma dieta kosher, ele jamais poderia comer em qualquer restaurante que não fosse judaico, ou mesmo na casa de um não judeu. Como isto não acontece, na maioria dos casos, passa a ser uma espécie meio neurótica de exercitar uma crença.

O mesmo acontece com relação às vestimentas, festas e instrumentos judaicos. O shofar, por exemplo, virou moda dentro das igrejas, no entanto, é usado de forma totalmente equivocada em relação ao judaísmo, onde, por exemplo, só homens poderiam soprar o Shofar, em determinados momentos e em determinadas orações. Já fui em uma igreja onde o Shofar é soprado por mulheres, crianças a qualquer hora e momento. O que mostra que na verdade, não estamos revivendo em hipótese alguma o fortalecimento do judaísmo nas igrejas, mas um sincretismo religioso que reúne elementos de todo tipo de religião.

Outra aberração deste segmentos judaizante é a transliteração dos nomes de Deus, e de Jesus para os nomes judaicos. O que é completamente sem sentido. Nem o cristianismo, nem mesmo o judaísmo sacralizaram o idioma. Quando o Senhor Jesus nos enviou a todo o mundo (Mt 28:18-20), incluiu a responsabilidade de repassar ao povo os seus ensinos, e percebemos, que desde o princípio, foi do entendimento dos apóstolos e daqueles que os precederam, que o evangelho deveria ser pregado na língua local e não em grego, hebraico ou aramaico. A crença judaica de um Deus universal não seria compatível com a necessidade de traduzir textos, usos e costumes. O Antigo Testamento foi traduzido na totalidade em Alexandria, no Séc I, a.C. Nos dias de Jesus, por exemplo, os judeus eram livres para usar a língua corrente, grego, aramaico ou mesmo latim. Portanto, essa ênfase em transliterar os nomes de Deus entre outras coisas é outra neurose deste sincretismo.

Outro sinal impressionante deste movimento que não é nem cristão, nem judeu, é a substituição das festas cristãs por festas judaicas. Em primeiro lugar é uma atitude totalmente imprópria, sem relação alguma com o cristianismo, em segundo lugar não é um retorno à raízes judaicas, mas o fortalecimento deste sincretismo estranho. Não vou perder tempo aqui tentando defender o natal, aniversários e outras festas cristãs, pois já tenho isto escrito noutros artigos, mas não podemos deixar de citar o pai da igreja Tertuliano (ano 160-220 d.C.) que disse: “Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor…” A Didaché, um dos documentos mais antigos do cristianismo diz: “No dia do Senhor (no domingo) reuni-vos todos juntos para a fração do pão E dai graças depois de confessar os vossos pecados para que vosso sacrifício seja puro” (Didaché, XIV). Já Inácio de Antioquia, no ano 107 d.C. exorta aos cristãos de seu tempo que “de nenhuma maneira os cristãos devem sabatizar”.

Estes movimentos de sincretismo judaico-cristão-religioso, pois não são meramente judaizantes, para fortalecer suas ideias hereges sugerem ainda uma terceira reforma protestante, que seria o retorno da igreja às raízes judaicas, mas como já observamos não é o que acontece. Na verdade eles negam os pais da igreja, negam a reforma protestante, e consequentemente negam a Escritura ao abandonar a hermenêutica bíblica reformada, ou, o método exegético histórico gramatical, e apegam-se a interpretações isoladas e perigosas das Escrituras, manipulando a Bíblia usando uma pseudo interpretação judaica da Escritura, palavras em Hebraico, mas no fundo só há confusão e heresia. Calvino escreveu em seu comentário sobre Romanos: “É uma audácia próxima ao sacrilégio usar as Escrituras como nos apraz e brincar com elas como se fossem uma bola de tênis, como muitos já fizeram anteriormente… a primeira tarefa de um interprete é deixar que o autor diga aquilo que expressa de fato, em vez de atribuirmos a ele aquilo que achamos que ele quer dizer.”

Meus irmãos as heresias destes grupos que são vários e cada um com um nome diferente, tem como objetivo afastar o crente de Jesus Cristo e da sua obra redentora. Estes grupos – através destas festas, rituais, re-batismos no Jordão e ensinos, procuram enriquecer vendendo ou fazendo parcerias com empresas que vendem pacotes turísticos para Israel, e levas os crentes a negar a fé.

“Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” – Romanos 1:17


Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...