terça-feira, 28 de junho de 2011

A VERDADEIRA MARCHA PARA JESUS - POR HERMES FERNANDES






"Mas graças a Deus, que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós
manifesta em todo lugar o perfume do seu conhecimento"(2 Co.2:14).




Eis um dos versos bíblicos mais mal compreendidos pelos cristãos contemporâneos! Mas o que esperar de uma geração de crentes triunfalista e individualista, que pinça versos das Escrituras a seu bel-prazer, para justificar sua postura hedonista e egoísta? O que esperar de uma geração que sai às ruas numa marcha aparentemente dedicada a Jesus, mas que no fundo pretende ser uma demonstração de cacife político?


De acordo com essa visão distorcida, Paulo estaria dizendo que Cristo nos conduz pelo mundo vitoriosamente. Entretanto, o foco de Paulo não é a nossa vitória como indivíduos, mas a vitória de Cristo sobre seus inimigos. E adivinha que inimigos são esses?


Algumas traduções dizem que Ele "sempre nos faz triunfar". Porém, o texto grego diz que Ele nos conduz em triunfo. Pode até parecer que estamos trocando seis por meia dúzia. Entretanto, "fazer triunfar" e "conduzir em triunfo" têm significados bem distintos, e praticamente inversos.


De fato, a Bíblia nos garante que "somos mais que vencedores", e que "a vitória que vence o mundo é a nossa fé". Porém, esse verso em particular fala de outra coisa.


O que é que Paulo intentava dizer, afinal?


Primeiro, precisamos nos familiarizar com a palavra "triunfo". Trata-se do desfile triunfal que era promovido em Roma para recepcionar os generais romanos e suas tropas, quando chegavam de alguma campanha militar bem-sucedida.


Geralmente, o general ía à frente, em seu carro de guerra, exibindo louros em sua cabeça, seguido pelos soldados que ostentavam bandeiras e estandartes, e pelos prisioneiros de guerra, acorrentados pelos pés, mãos e pescoços.


Que posição Paulo imaginava ocupar na parada triunfal de Cristo? Será que ele se imaginava o general? Ou um dos soldados? Ou será que ele se via como um prisioneiro, um inimigo vencido, e que agora era exibido como troféu ao mundo?



Basta relembrarmos de sua conversão, quando ouviu dos lábios de Cristo: "Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões" (At.26:14). Ora, os inimigos conquistados eram exibidos pelas ruas de Roma, acorrentados com aguilhões em seus pescoços. Qualquer movimento poderia ser fatal, pois esses aguilhões penetrariam no pescoço do prisioneiro, provocando um sangramento que o levaria à morte.


Seria por isso que Paulo usualmente se apresentava como "prisioneiro de Cristo" (Ef.3:1; 4:1; Fm.1; 2 Tm.1:8)?


Paulo se considerava um inimigo conquistado por Cristo. Era exatamente esta a imagem que ele tinha em mente ao declarar que estava sendo conduzido por Cristo em Seu desfile triunfal pelo mundo. Paulo era um exemplo de que Cristo é capaz de fazer a um inimigo Seu.


Em outras palavras, somos inimigos vencidos, e agora, exibidos ao mundo como troféus. Daí Paulo declarar em outra passagem: "Pois tenho para mim que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte. Somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens" (1 Co.4:9). Os cidadãos que assistiam àquele espetáculo cruento sabiam que os últimos eram os condenados à morte.


E por mais paradoxal que pareça, somente os "vencidos por Cristo" podem ser considerados "mais que vencedores" por meio d'Ele.


Cristo nos conquista pelo amor! Não é pelo poder, pela força bruta, nem pela imposição, mas por Sua graça e amor.


E Suas correntes são tão poderosas, que podemos fazer coro com Paulo: "Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm.8:38-39).


A verdadeira "marcha pra Jesus" não acontece com data marcada, guiada por trios elétricos, ao som de gritos de guerra, mas acontece todos os dias, pelas ruas, avenidas, corredores de supermercados, shoppings, bancos, onde gente conquistada pelo amor de Jesus são conduzidas como amostras grátis do poder do Evangelho.


Desta marcha eu participo sem o menor recato.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NADA DE NOVO - POR PAULO CILAS



"O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol." Ec 1.9
Salomão afirma algo que nos foge e por isso somos pegos de surpresa repetidas vezes. Vejamos:

- Homossexualismo: muito discutido nos dias de hoje, a união homossexual pode até determinar a eleição ou não de presidentes. No meio evangélico sempre se cobra a posição da Igreja. E tudo isso como se fosse algo totalmente novo, esquecendo que todos os impérios antigos ruíram mediante orgias, homossexuais inclusive. Sem falar de Sodoma e Gomorra onde se atreviam querer abusar dos visitantes de um de seus moradores. Ainda hoje o termo sodomizar ( de Sodoma)determina uma perversão sexual.

- Injustiça Social: da mesma maneira vemos a cada instante teses sendo levantadas e discutidas sobre o porquê da violência , como se fosse um fenômeno moderno. Quando na verdade a Bíblia já advertia contra os que tiravam os direitos dos órfãos e viúvas, trabalhadores, pobres e etc. A crueza humana se encarrega do resto.

- Profecias: não há nada de novo em revelações ditas em nome de Deus, mesmo quando Deus se mantém em silêncio. No período chamado interbíblico, ou seja, os 400 anos entre o antigo e o novo testamento, muitos profetas e homens em geral se levantaram como libertadores do povo, como Messias. Daí a descrença de muitos quando o verdadeiro Messias surgiu. Hoje, aumenta muito o número dos descrentes dadas as falácias de pregadores delirando em nome de Deus.

Quando a Bíblia afirma a respeito de não nos deixarmos levar por ventos de doutrinas, de doutrinas de velhas caducas, de demônios, de homens amantes de si mesmos... Enfim, a Bíblia está tão somente dizendo que as coisas que aconteceram no passado, dos que seguiram as doutrinas de Balaão, os rebeldes de Corá no deserto contra Moisés, Israel se curvando ante a Baal, o uso do nome de Deus para enriquecimento e engrandecimento de homens, o nome de Deus usado para tudo. Nada há de novo.
Portanto, não seja ingênuo e despreparado, para que não seja pego de surpresa, pois a Bíblia lhe adverte do que aconteceu, acontece e acontecerá... NADA há de NOVO.
A iniquidade se multiplica porquê se multiplica - 7 bilhões de pessoas no mundo - o número de iníquos!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

HOMOFOBIA, UM ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO - POR HERNANDES DIAS LOPES

"Esse projeto de lei cria uma classe privilegiada distinta das demais."A palavra homofobia está na moda. No mundo inteiro discute-se a questão do homossexualismo. Em alguns países já se aprovou a lei do casamento gay. Aqui no Brasil, tramita no congresso um projeto de lei (PL 122/2006), que visa a criminalização daqueles que se posicionarem contra a prática homossexual. O assunto que estava adormecido, em virtude de firme posição evangélica contra o referido projeto de lei, mormente na efervescência da campanha política de 2010, ganhou novo fôlego com a nova proposta da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que pleiteia a reclusão de cinco anos, em regime fechado, para quem se posicionar publicamente contra o homossexualismo. Diante desse fato, quero propor algumas reflexões:

Em primeiro lugar, esse projeto de lei fere o mais sagrado dos direitos, que é a liberdade de consciência. Que os homossexuais têm direito garantido por lei de adotarem para si o estilo de vida que quiserem e fazer suas escolhas sexuais, ninguém questiona. O que não é cabível é nos obrigar, por força de lei, concordar com essa prática. Se os homossexuais têm liberdade de fazer suas escolhas, os heterossexuais têm o sagrado direito de pensar diferente, de serem diferentes e de expressarem livremente o seu posicionamento.

Em segundo lugar, esse projeto de lei cria uma classe privilegiada distinta das demais. O respeito ao foro íntimo e à liberdade de consciência é a base de uma sociedade justa enquanto a liberdade de expressão é a base da democracia. Não podemos amordaçar um povo sem produzir um regime totalitário, truculento e opressor. Não podemos impor um comportamento goela abaixo de uma nação nem ameaçar com os rigores da lei aqueles que pensam diferente. Nesse país se fala mal dos políticos, dos empresários, dos trabalhadores, dos religiosos, dos homens e das mulheres e só se criminaliza aqueles que discordam da prática homossexual? Onde está a igualdade de direitos? Onde está o sagrado direito da liberdade de consciência? Onde o preceito da justiça?

Em terceiro lugar, esse projeto de lei degrada os valores morais que devem reger a sociedade. O que estamos assistindo é uma inversão de valores. A questão vigente não é a tolerância ao homossexualismo, mas uma promoção dessa prática. Querem nos convencer de que a prática homossexual deve ser ensinada e adotada como uma opção sexual legítima e moralmente aceitável. Os meios de comunicação, influenciados pelos formadores de opinião dessa vertente, induzem as crianças e adolescentes a se renderem a esse estilo de vida, que diga de passagem, está na contramão dos castiços valores morais, que sempre regeram a família e a sociedade. O homossexualismo não é apenas uma prática condenada pelos preceitos de Deus, mas, também, é o fundo do poço da degradação moral de um povo (Rm 1.18-32).

Em quarto lugar, esse projeto de lei avilta os valores morais que devem reger a família. Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27). Ninguém nasce homossexual. Essa é uma prática aprendida que decorre de uma educação distorcida, de um abuso sofrido ou de uma escolha errada. Assim como ninguém nasce adúltero, de igual forma, ninguém nasce homossexual. Essa é uma escolha deliberada, que se transforma num hábito arraigado e num vício avassalador. Deus instituiu o casamento como uma união legal, legítima e santa entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). A relação homossexual é vista na Palavra de Deus como abominação para o Senhor (Lv 18.22). A união homossexual é vista como um erro, uma torpeza, uma paixão infame, algo contrário à natureza (Rm 1.24-28). A Palavra de Deus diz que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, a não ser que se arrependam dessa prática (1Co 6.9,10). Porém, aqueles que se convertem a Cristo e são santificados pelo Espírito Santo recebem uma nova mente, uma nova vida e o completo perdão divino (1Co 6.11).

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...